A Embraer anunciou, nesta quinta-feira (3), a demissão de 2,5 mil funcionários nas fábricas no Brasil.
Segundo a empresa, serão 1,6 mil desligamentos em adesões ao chamado PDV (Plano de Demissões Voluntárias), que foi encerrado na quarta-feira (2), e mais 900 cortes por dispensa para ajuste do quadro de funcionários.
A empresa alega que a medida é consequência dos impactos causados pela pandemia de Covid-19 e pelo cancelamento da parceria com a Boeing (leia mais abaixo).
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Ao todo, a Embraer mantinha cerca de 16 mil funcionários no país, sendo 10 mil apenas em São José dos Campos, sede da empresa. O número de desligamentos por unidade não foi informado.
Os funcionários que estão no grupo de 900 demitidos estão sendo avisados da dispensa por e-mail. São trabalhadores que estavam em licença remunerada ou em home office.
Adesão ao PDV – A Embraer havia encerrado na quarta-feira (2) o prazo para inscrição no terceiro PDV aberto durante a pandemia. A medida era uma tentativa de ajustar o quadro de funcionários frente aos impactos causados pela pandemia.
Foram 1,6 mil adesões aos PDVs, mas como o volume não atingiu a meta necessária, a Embraer anunciou que vai fazer mais 900 cortes. Parte dos pedidos no PDV serão efetivados nesta sexta (4).
Fracasso – Para justificar as demissões, a Embraer alega o impacto provocado pela pandemia de coronavírus e o cancelamento da parceria com a Boeing, além da falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo.
Segundo a empresa, os cortes foram feitos com o “objetivo de assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia”. Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas como férias coletivas, redução de jornada, lay-off ( suspensão temporária de contratos) e licença remunerada.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que foi pego de surpresa com as demissões. O órgão considera as demissões anunciadas nesta quinta ilegais e promete ir à Justiça para tentar reverter as demissões.