A campanha do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, pagou US$ 3 milhões – equivalente a R$16 milhões – para que haja uma recontagem da votação em dois condados do estado de Wisconsin, de acordo com um comunicado divulgado nesta quarta-feira, 18.
De acordo com o texto, os condados de Milwaukee e Dane foram os locais onde houve as “piores irregularidades”, embora não haja provas disso. Nesses dois locais, Joe Biden recebeu 577,4 mil votos, e Trump, 213 mil.
“O povo de Wisconsin merece saber se o processo eleitoral funcionou de forma legal e transparente, lamentavelmente, não se pode confinar na integridade dos resultados sem uma recontagem nesses dois locais”, disse o advogado da equipe de Trump no caso, Jim Troupis.
Os aliados de Trump afirmam que algumas cédulas chegaram sem algumas informações, e que os funcionários da Justiça Eleitoral preencheram o que faltava. Isso, no entanto, está previsto pelas leis estaduais desde 2016, se eles tiverem dados confiáveis para isso. Essa diretriz foi aprovada por unanimidade nas comissões eleitorais e existem em 11 estados.
Os advogados de Trump também afirmaram que os eleitores que enviaram votos por correio não precisaram apresentar documentos com fotos. Há uma lei que exige que se apresente um documento mesmo no voto por correio, mas há exceções para pessoas confinadas por causa de idade, condição física ou deficiência.
Com isso, a recontagem pode iniciar ainda nesta semana, com prazo para terminar antes do dia 1º de dezembro. Porém, historicamente, as recontagens não mudam significamente os resultados. Um exemplo disso foi quando Trump venceu em 2016 por menos de 23 mil votos e o Partido Verde pediu uma recontagem. Na segunda vez, Trump levou 131 votos a mais. Na ocasião, Trump afirmou: “O povo falou, e as eleições acabaram, nós precisamos aceitar o resultado e olhar para a frente”.
Projeções indicam que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a 306 votos no Colégio Eleitoral, 74 a mais que Trump, com 232.
