“As urnas falaram, e a democracia está viva. São Paulo mostrou que restam poucos dias para o negacionismo e para o obscurantismo. São Paulo disse ‘sim’ à democracia. São Paulo disse ‘sim’ à ciência, disse ‘sim’ à moderação, disse ‘sim’ ao equilíbrio”, afirmou.
Neto do ex-governador Mário Covas, Bruno afirmou que é fruto da democracia e que respeita as instituições. Também fez um agradecimento especial ao vice de sua chapa, Ricardo Nunes (MDB).
“Eu queria aqui fazer uma homenagem e um agradecimento especial ao meu vice, Ricardo Nunes, que sofreu muito durante essa campanha. Mas esteja certo, Ricardo, que a partir de 1º de janeiro nós vamos governar e nós vamos mostrar pra São Paulo quem nós somos e qual é a nossa visão de mundo”, disse.
“Eu tenho certeza que todo sacrifício vai valer a pena, pelo trabalho que nós vamos desenvolver juntos na prefeitura. Muito obrigado, Ricardo.”
As principais críticas enfrentadas por Covas durante a campanha tiveram relação com a escolha de Nunes para vice, cuja mulher registrou boletim de ocorrência em 2011 por violência doméstica. Nunes também é investigado por suposto envolvimento com esquema em creches conveniadas com a prefeitura na cidade.
Durante a campanha, Covas chegou a afirmar que “coloca a mão no fogo” por Nunes. Segundo prefeito reeleito, o vice de sua chapa “não responde a nenhum processo judicial, não há nenhuma denúncia no Judiciário”.
Ainda no discurso de vitória, Bruno Covas afirmou que a partir desta segunda-feira (30) tem o “desafio de transformar a esperança em realidade” e acabar com divisões políticas na cidade.
“Agora, é agradecer a confiança, todos aqueles que confiaram na nossa proposta. Agora, é o desafio de transformar a esperança em realidade. São Paulo não quer divisões, não quer o confronto. Meu avô dizia que é possível conciliar política e ética, política e honra. Agora, acrescento, é possível fazer política sem ódio, fazer política falando a verdade”, declarou.
Ao lado de João Doria – que deixou a Prefeitura de São Paulo durante o mandato para concorrer ao cargo de governador –, Covas voltou a falar que não fará o mesmo. “Mais uma vez, dou a minha palavra [de] que serei prefeito pelos próximos quatro anos. Até penso na presidência, mas na presidência do Santos Futebol Clube”, brincou.