A partir da próxima segunda-feira (22), Salvador começará a fazer parte, oficialmente, do consórcio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Haverá uma assembleia para formalizar a associação, que facilita a compra de vacinas contra a covid-19, uma vez que mais doses podem ser compradas de uma vez só, unindo os orçamentos das prefeituras.
“Na segunda-feira, tem a assembleia, onde será instituído o consórcio. A partir daí, esse consórcio vai ter condições de ter personalidade jurídica para comprar as doses de vacinas”, anuncia o prefeito de Salvador, Bruno Reis, durante coletiva realizada nesta sexta-feira (19). A assessoria da FNP informou ao jornal Correio que, até agora, 1.274 municípios brasileiros já enviaram a lei autorizativa para fazer parte do consórcio. Desses, 70 prefeitos da Bahia.
Segundo ele, a negociação com os laboratórios de vacinas continua. Até agora, a prefeitura assinou acordos com Oxford/AstraZeneca, Pfizer e Coronavac. “Todos os fornecedores que tinha, que não eram quantidade de doses que pudesse comprar sozinho, eu passei para a Frente Nacional dos Prefeitos. Chegaram aqui, fornecedores, ‘ah, a gente tem dose pra fornecer, mas só vendo 10 milhões de doses. Ah, tenho condições de vender, mas só cinco milhões de doses’ A prefeitura sozinha não tem condições de comprar, então passei para a Frente”, detalha o prefeito.
A ideia é fazer acordos com laboratórios que ainda não assinaram contratos com o governo federal. “Tenho acordo assinado com assinado com a Sinovac, que está aí nessa luta, o governo federal comprando tudo, e a Pzifer. Ela sempre deixou claro que assina o protocolo, mas a prioridade é entregar o governo federal. Caso o governo federal não compre as doses todas que eles têm disponibilidade, eles podem fornecer diretamente para os municípios, mas o governo federal comprou todas essas doses. Então, fatalmente avançar pela Pzifer e pela Sinovac é mais difícil. Eu vislumbro outros caminhos com outras vacinas”, esclarece Bruno Reis.
O prefeito de Salvador relembra ainda que já tem assinado um acordo para a compra de 300 mil doses da vacina de Oxoford/AstraZeneca. “Quando eles tinham condições de fornecer, porque tinha disponibilidade, os municípios não podiam comprar. Mas está assinado esse protocolo e eles wstão vendo quando pode ter condições de fornecer, porque essas doses, infelizmente, foram destinadas para outras cidades do mundo”, diz Reis.
Atualmente, são 10 vacinas que estão autorizadas para serem usadas por agências regulatórias de saúde internacionais, de acordo com o prefeito. A Anvisa aprovou, para uso emergencial, a Coronavac e a de Oxford. Já a Pfizer tem permissão para uso definitivo.