26 de novembro de 2024
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Salvador recebe 26,9 mil doses da vacina da Pfizer-BioNTech

Salvador recebe 26,9 mil doses da vacina da Pfizer-BioNTech

A partir desta terça-feira (4), Salvador passa a contar com três vacinas para enfrentar a pandemia de covid-19. Além dos imunizantes de Oxford/Astrazeneca e da CoronaVac, a Pfizer/BioNTech entrou na lista. As primeiras 26.910 doses chegaram à Bahia na tarde de segunda-feira. Pela manhã, outras 405 mil ampolas de Oxford desembarcaram no Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer).

Nesse momento, elas serão usadas para proteger pessoas que têm comorbidades. A coordenadora do programa de imunização da Bahia, Vânia Rebouças, acompanhou o desembarque e contou que a distribuição para os municípios começou ontem mesmo. Caminhões foram usados para levar as vacinas até as cidades mais próximas e cinco aviões para as mais distantes.

“A partir desta semana estamos atendendo o grupo de pessoas portadoras de doenças crônicas. É importante lembrar que essas pessoas são prioridade e que nós vamos fazer a vacinação por ordem regressiva de idade, começando por pessoas com 59 e 58 anos, e seguindo em ordem decrescente”, disse.

Salvador terá 50.050 das 405 mil doses do imunizante de Oxford, e toda a Região Metropolitana vai ficar com 79.500. Mas a maior expectativa é para a aplicação da nova vacina: Comirnaty, produzida pela Pfizer/ BioNTech.

Novidade – Sete meses depois de ser colocada à disposição do Brasil, a vacina da Pfizer chegou à Bahia. As 26 mil doses entregues ontem serão destinadas exclusivamente para Salvador, conforme orientação do Ministério da Saúde, que determinou que o primeiro lote do imunizante seja entregue só para as capitais.

Segundo a Pfizer, o contrato com a União estabelece a entrega de 100 milhões de vacinas até setembro. A primeira remessa, com 1 milhão de doses, foi entregue ao Governo Federal na quinta-feira passada. Elas foram produzidas na fábrica da Pfizer em Puurs, na Bélgica. “A empresa está trabalhando junto ao Ministério da Saúde nas etapas necessárias para que a entrega das doses seja realizada conforme o cronograma”, explicou a Pfizer, em nota.

O registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza a aplicação em pessoas a partir dos 16 anos, em duas doses. A eficácia global é de 95% em toda população do levantamento, incluindo análise em diferentes grupos étnicos e pacientes com condições clínicas de risco, e de 94% em indivíduos acima de 65 anos.

O Brasil foi um dos países que participaram da fase 3 do estudo clínico para o desenvolvimento da vacina. No país, participaram 2.900 voluntários e os trabalhos foram conduzidos pelas Obras Assistenciais Irmã Dulce (Osid), em Salvador, e pelo Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), em São Paulo.

Mudanças – A Pfizer tem uma logística diferenciada em relação às outras vacinas entregues pelo Ministério da Saúde. Primeiro, ela precisa ser armazenada em temperaturas de 20°C negativos. Atualmente, o Governo do Estado tem 30 ultracongeladores, em nove centros de distribuição (veja abaixo), que conseguem atender essa demanda. Além disso, ela exige cuidados redobrados com o acondicionamento.

“Essa será a primeira vez que vamos trabalhar com uma vacina que requer temperaturas ultranegativas. As outras, a CoronaVac e a Oxford, têm temperatura de armazenamento de 2°C a 8°C positivos. A Pfizer tem uma necessidade de acondicionamento diferente por conta de sua plataforma de produção. Ela vai chegar para a gente em uma temperatura ultranegativa, podendo permanecer por 14 dias, e no momento em que a colocamos de 2 a 8 graus, nas salas de vacinação, só teremos cinco dias para usá-las”, contou Rebouças.

Na hora da aplicação é preciso misturar o líquido com um insumo, procedimento similar ao da benzetacil, para depois injetar a agulha no paciente. O tempo recomendado pelo fabricante entre a primeira e a segunda dose é de 21 dias, mas o Ministério da Saúde resolveu alterar o prazo para 12 semanas, como acontece com a vacina de Oxford. A pasta informou que adota o mesmo intervalo do Reino Unido, que ampliou o prazo com base em estudos que constataram que o imunizante da Pfizer confere 80% de eficácia em hospitalizações com só uma dose.




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