O governo da Rússia ainda não enviou os dados da vacina Sputnik V à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), equivalente da Anvisa para os países europeus. Técnicos das duas instituições já informaram ao governo russo que a ausência desses dados críticos impedem a avaliação da vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Gamaleya.
Segundo informações internas das instituições, há ceticismo quanto a boa fé dos russos em relação ao processo de aprovação da vacina seguindo todos os protocolos científicos. Além da ausência de dados importantes e da dificuldade de acesso a estes, também há diversas incongruências nos documentos que foram apresentados até o momento.
Assim como a Anvisa, uma das principais preocupações do técnicos da OMS e da EMA é a presença de um adenovírus ativo na composição da Sputnik V, que poderia causar graves efeitos adversos em quem a vacina for inoculada.
Por fim, tanto a EMA quanto a OMS planejam uma visita às intalações de produção e envase da vacina russa para esclarecer as dúvidas que existem acerca do imunizante, além de vistorar as práticas sanitárias dos locais. Segundo o site O Bastidor, as visitas devem acontecer nos meses de maio e junho.