O falso cônsul de Guiné Bissau, Adaílton Maturino dos Santos, teve sua prisão decretada pela Justiça em decisão da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa de Salvador, que acatou denúncia do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
Na decisão do juiz Álvaro Marques de Freitas Filho, Maturino, sua esposa, e outras quatro pessoas foram indiciadas no âmbito da Operação Immobilis, que apura fraudes milionárias em registro de imóveis.
Maturino é conhecido por seu envolvimento na Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e por suas tentativas de “tráfico de influência” no meio jurídico baiano e em Brasília.
A Operação Immobilis investiga crimes ocorridos entre 2007 e 2016 e os réus responderão pelos “crimes de estelionato e organização criminosa”.
O falso cônsul e sua esposa, Geciane Maturino, já estão presos em Brasília, após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e tiveram novo mandado de prisão expedido. Na decisão o juiz versou que:
“Os representados foram denunciados pela suposta prática dos delitos de estelionato e organização criminosa, sendo estes supostamente responsáveis pela captação de magistrados que, através de atos de corrupção, estariam participando de ações criminosas que tiveram como vítimas instituições financeiras e terceiros de boa-fé”, afirmou o magistrado que determinou ainda um sequestro de bens no valor de R$ 2,2 milhões dos réus.