Morreu nesta quarta-feira (2), o advogado Saul Quadros. O advogado presidiu a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) entre 2007 e 2012. Internado desde abril no Hospital Aliança, em Salvador, Saul não resistiu às complicações da covid-19.
Ainda em abril, ele precisou receber transfusão de sangue. Na época, seu filho, Saul Quadros Neto chegou a pedir doação de sangue, através das redes sociais. A esposa de Saul, a desembargadora do trabalho aposentada Ismêmia Quadros, em março, chegou a ser internada também por conta da covid-19.
Em nota, a OAB-BA decretou luto oficial de três dias. O presidente da seção, Fabrício Castro, lamentou a morte. “É uma grande perda para a classe, que se despede de um advogado, um ex-presidente com relevantes serviços prestados à Ordem. Sinto bastante o falecimento dele e me solidarizo com a família e amigos”.
Carreira – Barechal em direito pela Universidade Federal da Bahia no ano de 1966, Saul Venâncio de Quadros Filho se tornou um importante nome do direito público, cível, empresarial e trabalhista da Bahia. Fundou há mais de 40 anos o escritório de advocacia Saul Quadros Advogados Associados, empresa familiar onde seguia atuando.
Pós-graduado em Didática do Ensino Superior, foi professor de Direito Constitucional e Direito do Trabalho. Foi Procurador Geral do Município do Salvador, Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia, Vice Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas e Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Saul era Membro do Instituto Brasileiro dos Advogados (IAB), da Associação Brasileira de Direito Constitucional (ABDC), da Associação Ibero Americana de Direito do Trabalho e da Associação baiana de advogados trabalhistas.
Torcedor apaixonado do Bahia integrou o célebre MRB, o Movimento de Renovação do Bahia, que ainda no final dos anos 80 defendia democracia no clube, ao lado de nomes como Antonio Miranda, Virgílio Elísio, Edmundo Pereira Franco, Luis Osório Vilas Boas, Antonio Pithon entre outros. Participou em 2013 do movimento que resultou na democracia no clube e foi eleito conselheiro do clube na primeira eleição democrática do Tricolor.