O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quarta-feira (16) a medida provisória da privatização da Eletrobras, que deve ser votada hoje pelo Senado.
“Se não privatizar, acaba em caos no sistema energético no Brasil. Porque roubaram tanto… E ninguém fala nisso”, disse o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
A MP prevê a capitalização da empresa sem aporte do governo federal, o que leva a uma diminuição da participação federal na empresa e a perda do controle acionário, em um modelo que vem sendo chamado de desestatização.
Apesar da mudança, o governo não abriria mão da chamada Golden Share, que lhe dá poder de veto em decisões dos acionistas.
A MP, se não for votada, perde a validade no próximo dia 22, o que impediria o governo de enviar um novo texto ainda este ano, adiando o mais uma vez, o processo de privatização.
O texto enfrenta resistência de alguns senadores por conta dos chamados “jabutis” — emendas que não têm relação direta com o texto original do projeto. Um deles é o que inclui a obrigação de que o governo federal contrate por 15 anos usinas termelétricas no Nordeste, Norte e Centro-Oeste.