A seleção brasileira masculina de futebol apenas empatou sem gols com a Costa do Marfim nas OlimpÃadas de Tóquio. No começo da manhã deste domingo, pelo horário de BrasÃlia, fim da tarde no Japão, o Brasil foi prejudicado pela expulsão precoce do volante Douglas Luiz e não fez um bom primeiro tempo. Na etapa final, com o vermelho apresentado a Eboue Kouassi e as alterações promovidas pelo técnico André Jardine, a equipe cresceu, dominou as ações e pressionou em busca da vitória, que, porém, não veio.
Brasil e Costa do Marfim nunca haviam se enfrentado na história do torneio olÃmpico de futebol masculino. Na primeira vez, empate sem gols em um jogo truncado no primeiro tempo, mas mais aberto no segundo, com volume de jogo suficiente para vencer. “A gente conseguiu as melhores ocasiões de gols. São circunstância de jogos. Tenho minhas dúvidas se a expulsão deveria ter ocorrido”, disse o capitão Daniel Alves na saÃda de campo.
O Brasil, que vencera na primeira rodada a Alemanha, divide a liderança do Grupo D com a Costa do Marfim. Ambos somam quatro pontos, mas os brasileiros levam a melhor no saldo de gols.
Para encerrar a fase de grupos, a seleção brasileira encara na próxima quarta-feira, à s 5h (de BrasÃlia) a Arábia Saudita, rival mais frágil tecnicamente da chave. O jogo será na cidade de Saitama. No mesmo dia e hora, os marfinenses enfrentam os alemães em Miyagi.
Qualquer possibilidade de repetir contra os marfinenses a atuação avassaladora exibida diante dos alemães foi sepultada no principio do jogo deste domingo com a expulsão de Douglas Luiz. O volante brasileiro fez falta próxima à área e inicialmente levou o amarelo. Mas o árbitro americano Ismail Elfath reviu o lance no monitor do VAR e decidiu expulsar exageradamente o jogador aos 15 minutos.
O técnico André Jardine sinalizou a entrada de Gabriel Menino, mas desistiu da mudança e manteve a mesma formação, mesmo com um jogador a menos. Com a inferioridade numérica, os atacantes se desdobraram para ajudar o sistema defensivo e a estratégia desenhada foi apostar nos contragolpes.
O Brasil até que se segurou bem. Naturalmente chegou menos ao ataque que o adversário, finalizando três vezes contra sete da seleção marfinense. Os contra-ataques tão buscados começaram a encaixar no fim do primeiro tempo, mas nenhum deles foi aproveitado. As oportunidades mais claras saÃram dos pés de Antony em tentativa de cruzamento que virou chute e Claudinho, travado na hora do arremate.
A Costa do Marfim assustou o goleiro Santos em duas ocasiões, mas os africanos, reconhecidos pelo futebol que preza a força fÃsica e velocidade e não tanto a qualidade técnica, não acertaram a pontaria. O camisa 10 Diallo foi quem mais tentou pelo lado dos marfinenses, que respeitaram demais os brasileiros e adotaram a cautela, a despeito de jogarem com um a mais durante quase toda a etapa inicial.
Jardine manteve a equipe para o segundo tempo e, embora não tenha havido mudanças de peças, a postura foi diferente. A seleção brasileira retornou melhor do intervalo. Sabendo da passividade do adversário, resolveu atacar e ocupou o campo ofensivo.
A seleção brasileira fez um jogo seguro na etapa final, finalizou mais vezes e não permitiu um arremate sequer da Costa do Marfim. Fica a boa impressão pelo bom segundo tempo em Yokohama.