25 de novembro de 2024
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Programa Sou Salvador avança na capacitação de ambulantes do Centro Histórico

Programa Sou Salvador avança na capacitação de ambulantes do Centro Histórico

Cerca de 500 ambulantes do Centro Histórico de Salvador seguem participando das capacitações do programa Sou Salvador, lançado pela Prefeitura, no dia 14 deste mês. A iniciativa visa qualificar e promover o reordenamento dos trabalhadores do comércio informal, que representam fatia expressiva da mão de obra ativa da cidade.

A diretora do Trabalho e Empreendedorismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (Semdec), Maria Eduarda Lomanto, avaliou o desempenho da capacitação como positivo. “As turmas estão cheias e motivadas, com as aulas participativas”, comemorou.

Segundo Maria Eduarda, há grande interesse dos alunos em melhorar a qualidade e atrair cada vez mais turistas. “A pandemia tem sido difícil para eles, mas percebemos claramente o Pelourinho mais movimentado, trazendo uma expectativa otimista a todos,” afirmou.

Sobre a possibilidade de levar o programa a outros bairros, a diretora adiantou que o modelo foi desenhado para beneficiar diversos pontos turísticos da capital, a exemplo da orla marítima e Caminho da Fé (Bonfim), expandindo a capacitação.

Valorização – Uma das aulas do programa foi sobre o tema “Hospitalidade – Garantir a Satisfação”, com o professor Jorge Freitas. O módulo é dividido em várias etapas, com oficinas sobre ética e etiqueta profissional e atendimento ao cliente; e sobre como receber o turista e organizar o espaço de trabalho, incorporando novas ferramentas, elencando os pontos fortes e fracos, no intuito de avançar. De acordo com Freitas, os ambulantes entenderam a proposta e a necessidade do curso, para renovar a licença e atuar com tranquilidade.

Julia dos Santos é baiana de acarajé e vende no Pelourinho desde os anos 90. A comerciante afirmou que a experiência passada pelo professor foi muito importante. “Com certeza o conteúdo vai ajudar no dia a dia do tabuleiro. A Prefeitura está valorizando a gente”.

Há dois anos atuando no Centro Histórico, Aline Viana trabalha como livreira itinerante do projeto Alamoju Literatura. Para ela, o curso tem sido ótimo, com temáticas relevantes. “Repensar a prática enquanto empreendedor, trazendo uma perspectiva de parceria, é entusiasmante. Vai me ajudar a rever como abordar o cliente, mantendo o empreendimento funcionando e otimizando o serviço”.

Funcionamento – Até dia 9 de agosto, serão realizados workshops profissionalizantes no prédio da Unifacs em Nazaré, abordando conteúdos que envolvem o mercado informal no contexto turístico; marketing e vendas; hospitalidade/recepção e qualidade no atendimento; educação financeira; conhecimento das principais localidades turísticas do Centro Histórico; e manipulação de alimentos e produtos. Um grupo de aplicativo de conversa foi criado para que os alunos possam receber todas as orientações com mais facilidade.

O projeto é dividido em três fases: a primeira é a capacitação com diversos workshops. A segunda é a etapa de recadastramento e ordenamento dos participantes, que está condicionada à participação efetiva dos ambulantes nas atividades. A última fase é de acompanhamento e avaliação. Nela, haverá uma fiscalização da Semop, para garantir que as pessoas em atuação na região do Centro Histórico tenham passado pela capacitação e estejam organizadas.

As capacitações são realizadas pela manhã, das 8h30 às 12h45; e à tarde, das 13h30 às 17h45. O Sou Salvador é coordenado pela Secult, Semop e Semdec e conta com parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Wakanda Educação Empreendedora, Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo em Salvador (Prodetur), Parque Social, Universidade Salvador (Unifacs), Instituto Antônio Carlos Magalhães e Sindicato dos Guias Turísticos da Bahia (Singtur).

Os ambulantes receberão no final do projeto certificados de participação, com o direito a obter a licença para atuar na atividade. Serão também distribuídos novos fardamentos, com número de identificação vinculado à licença, além de um QR Code, para controle de pesquisa de satisfação dos serviços prestados aos clientes.

Foto: Otávio dos Santos/Secom-PMS




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