O baiano Isaquias Queiroz conquistou neste sábado (07) a medalha de ouro da categoria C1 1000m da canoagem velocidade em Tóquio e chegou a quatro pódios em Jogos Olímpicos.
Há cinco anos, Isaquias levou duas pratas e um bronze no Rio de Janeiro, se tornando o único brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição da Olimpíada. Com o ouro no Japão, empatou em número de pódios com Serginho, do vôlei, que tem dois ouros e duas pratas, e Gustavo Borges, da natação, com duas pratas e dois bronzes.
Apenas dois atletas do país somam cinco medalhas no maior evento esportivo do mundo: os velejadores Robert Scheidt, que ainda está na ativa e chegou a competir em Tóquio, e Torben Grael, já aposentado de competições olímpicas. O primeiro tem dois ouros, duas pratas e um bronze. Já Grael também é dono de dois ouros, mas uma prata e dois bronzes.
Aos 27 anos, Isaquias poderia ter empatado no Japão com os ícones da vela, mas acabou batendo na trave. Na prova do C2 1000m, o baiano e o conterrâneo Jacky Godmann terminaram na 4ª colocação, atrás de barcos de Cuba, China e Alemanha.
Boxe – Quem também conquistou uma medalha de ouro foi o boxeador baiano Hebert Conceição na categoria dos pesos médios (até 75 quilos) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao vencer, na madrugada deste sábado (7), o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, a 1min29 do terceiro assalto.
Hebert, de 23 anos, natural de Salvador, repete o feito de Robson Conceição, campeão olímpico na Rio-2016. O boxe brasileiro volta ao ringue da Kokugikan Arena, neste domingo (8), a partir das 2 horas (de Brasília) com a também baiana Bia Ferreira, que vai disputar também a final, na categoria dos leves (até 60 kg), com a irlandesa Kellie Harrington.
Além de Robson, Bia e Hebert Conceição, o boxe brasileiro soma mais cinco medalhas em olimpíadas. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016 e Bia luta por mais um pódio, enquanto Abner Teixeira ficou com bronze entre os pesados em Tóquio.
Como se esperava, o ucraniano foi para o ataque desde o primeiro gongo. Encurtou a distância e não deixou Hebert se movimentar. Com isso, aplicou mais golpes e venceu os dois rounds para os cinco jurados. A disputa foi para o terceiro e último assalto com o brasileiro precisando de um nocaute para vencer a luta.
E o golpe salvador veio a 1min29 com um cruzado de esquerda espetacular de Hebert. O juiz Muhammad Arisa Putra Pohan, da Indonésia, paralisou o duelo. No boxe olímpico, os juízes são muito cautelosos e não deixam que o lutador seja castigado. Por isso, os nocautes são raros.