O ex-procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, morreu aos 73 anos, nesta sexta-feira (29), vítima da Covid-19. Ele ocupou o cargo por oito anos, durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), entre 1995 e 2003.
“Colega de trato gentil e bastante leal, Geraldo Brindeiro foi, dentre outras coisas, responsável pela construção da sede atual da PGR, além de ter promovido diversos concursos de ingresso na carreira, ampliando em muito o MPF”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, através de sua conta no Twitter.
Brindeiro começou a carreira como assessor jurídico do Supremo Tribunal Federal (STF), no gabinete de seu tio e ministro, Djaci Falcão, entre os anos de 1971 e 1973. Logo em seguida, ele ainda foi técnico de controle externo no Tribunal de Contas da União (TCU), em 1973; e procurador do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), de 1973 a 1975.
“Foi um grande jurista e um grande procurador. Muito injustiçado, por conta de ataques políticos infundados. Formado em Yale, tinha qualificação magnífica. Só depois que se viu a atuação irresponsável de um PGR como Janot é que se pôde avaliar a qualidade de sua gestão”, lamentou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Natural de Recife, no Pernambuco, ele assumiu o cargo de procurador da República em fevereiro de 1975. Geraldo também foi professor de Direito Civil e de Direito Constitucional na Universidade do Distrito Federal (UDF).
Desde 1984, ele era professor dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília.
