A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, rejeitou nesta terça-feira (08) os pedidos da oposição para considerar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), dizendo que um pedido agora desestabilizaria a segurança na Europa.
A Suécia não participar de qualquer guerra desde 1814, tendo construído sua política externa com base na não participação em alianças militares. No entanto, forjou laços cada vez mais estreitos com a Otan nos últimos anos, à medida que as tensões com a Rússia na região do Báltico aumentaram.
A invasão da Rússia, em 24 de fevereiro, renovou os apelos para a Suécia se juntar à Otan, ao lado da Finlândia, que também permaneceu fora do bloco.
— Se a Suécia optar por enviar um pedido de adesão à Otan na situação atual, isso desestabilizaria ainda mais esta área da Europa e aumentaria as tensões — disse Andersson, do Partido Social-Democrata. — Fui clara durante todo esse tempo ao dizer que o que é melhor para a segurança da Suécia e para a segurança desta região da Europa é que o governo tenha uma política de longo prazo, consistente e previsível, e essa é minha crença permanente.
A Rússia não quer que a Finlândia ou a Suécia se juntem à Otan e, no fim do mês passado, Moscou fez seu último alerta de “sérias consequências político-militares” caso os dois países o fizessem.