Os ucranianos passaram a ser a terceira maior população estrangeira em Portugal. Ficam atrás apenas dos britânicos e dos brasileiros.
Até ontem, Portugal havia concedido 10.068 pedidos de proteção temporária aos refugiados. O país facilitou a entrada dos ucranianos desde o primeiro dia da invasão russa ordenada por Putin.
De acordo com dados enviados ontem pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ao Portugal Giro, estes milhares de refugiados que pediram proteção desembarcaram nas últimas semanas em solo português, onde já viviam 27.200 ucranianos. Ao todo, a população ucraniana no país chegou a 37.268.
Ao fim de fevereiro, a Ucrânia sequer aparecia entre as cinco maiores comunidades estrangeiras. Os dados provisórios do SEF do último dia 28 apontam 211 mil brasileiros, 41 mil britânicos, 33 mil cabo-verdianos, 31 mil italianos e 31 mil indianos.
Em menos de um mês de guerra, os ucranianos ultrapassaram indianos, italianos e cabo-verdianos. E o número deve aumentar devido às medidas de Portugal para receber refugiados.
Para agilizar o processo burocrático, o órgão de imigração criou o SEF for Ukraine, onde é possível solicitar ou acompanhar o pedido de proteção temporária.
O pacote de abrigo aos refugiados inclui título de residência e documentos de identificação fiscal, previdência social e do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em outro portal, estão reunidas todas as medidas do Estado, inclusive as vagas no Instituto do Emprego e Formação Profissional. Há mais de 20 mil oportunidades de trabalho para ucranianos em empresas portuguesas, o dobro dos pedidos atuais de proteção. No mesmo portal, qualquer pessoa pode se cadastrar para oferecer ajuda ou emprego.
Exemplos de solidariedade da sociedade civil são vistos em todo o país e além: tem sido comum ônibus partirem de várias cidades portuguesas carregados de alimentos e remédios em direção ao leste europeu. Voltam com refugiados.
Após a Europol lançar um alerta de possível aproveitamento do fluxo de refugiados para o tráfico de pessoas na Europa, operações preventivas de controle foram montadas nas fronteiras com a Espanha.