O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues Gomes, enfrenta uma série de denúncias de má gestão, que vão desde a contratação da empresa da filha para fornecimento de produtos de higiene para a CBF, até a nomeação do genro para cargo de direção no futebol brasileiro.
Os atos teriam sido cometidos enquanto Ednaldo era o presidente interino da entidade em substituição ao ex-presidente Rogério Caboclo, afastado após denúncias de assédio sexual e moral. Em 23 de março desse ano, como candidato único, ele foi eleito para mandato que vai até 2026, após ter quase que a totalidade dos votos.
A denúncia foi enviada ao Conselho de Ética da CBF, que narra os supostos atos e que mencionam que durante o período em que Ednaldo foi presidente interino da CBF, a empresa em que a executiva de vendas, Rafaella Galvão Brandt, filha dele, foi contratada para o fornecimento de kits de higiene durante um evento da entidade sobre a conscientização para a prevenção ao câncer de mama.
De acordo com a denúncia, Raffaela postou nas redes sociais fotos dos kits – composto por um hidratante, toalhas, um voucher para um spa e um card de auto exame das mamas – onde era possível visualizar o logo da CBF. A denúncia não menciona valores, mas aponta que a compra fere o código de ética da entidade.
A CBF foi questionada sobre o contrato com a empresa em que a filha do presidente atua e respondeu que a aquisição destes kits cumpriu todas as etapas e verificações previstas na política de governança e conformidade da entidade.
Foto: Reprodução CBF