O Parque Tecnológico da Bahia foi aprovado no edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), nesta segunda-feira (8). Foram captados pouco mais de R$ 9 milhões com a instituição e aproximadamente R$ 2,3 milhões de contrapartida provenientes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Com a aprovação do edital, o projeto que totaliza mais de R$ 11 milhões, administrado pela Associação das Empresas do Parque Tecnológico da Bahia (AEPTECBA), vai viabilizar a criação de novos equipamentos e ações com foco no desenvolvimento do Parque Tecnológico e do ecossistema de inovação baiano.
A proposta aprovada contempla a criação de uma área integrada com espaços privativos para startups no Tecnocentro, a estruturação de um espaço maker da Indústria Criativa com foco na produção de conteúdo e desenvolvimento de novos negócios nas áreas de podcast, música e games.
Também compõe o projeto a construção de mais um prédio onde vai funcionar um Centro de Inovação e Tecnologias Estratégicas (CITE) e a contratação de equipe especializada para atuar na ampliação do atendimento do Parque Tecnológico aos ecossistemas do interior da Bahia.
Para a Diretora Executiva do Parque Tecnológico, Cristine Câmera, “os equipamentos que serão implementados através do recurso do edital vão possibilitar uma melhor estrutura no Parque Tecnológico para a geração de negócios inovadores, inclusive do interior do estado, a atração de empresas âncoras, e consequentemente, mais empregos diretos e indiretos na Bahia”.
O Centro de Inovação e Tecnologias Estratégicas (CITE), a ser construído em um lote do complexo de inovação, vai conter, entre outros espaços de inovação, salas adequadas para incubação de startups do segmento de biotecnologia.
O espaço também vai contar com um laboratório multiusuário com infraestrutura completa, o LabParque Biotec, que possibilitará a locação de áreas e equipamentos para atender atividades voltadas para o estudo e desenvolvimento inicial de bioprodutos, ensaios biotecnológicos, formulações, análises e validação de bioinsumos.
Segundo a gerente de inovação, Rafaela Rodrigues, o número de startups de biotecnologia teve um crescimento significativo nos últimos anos, na Bahia. Também houve crescimento no número de pedidos de patentes dos produtos.
“No entanto há uma carência de estruturas laboratoriais com operação privada para dar suporte a esses empreendedores na etapa de desenvolvimento dos seus bioprodutos. O LabParque Biotec vai ser um importante equipamento de apoio nesse sentido”, afirma Rafaela Rodrigues.
De acordo com ela, a conclusão para entregas dos equipamentos está prevista para o segundo semestre de 2023.
Sobre o Parque Tecnológico da Bahia
O complexo, que foi inaugurado em 2012 e fica na Avenida Luís Viana (Paralela), tem uma área total de 581.000m², com 25.900 m² de área construída, referente ao edifício central e dinamizador do Parque Tecnológico da Bahia, o Tecnocentro.
São mais de 30 empresas e instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação na comunidade, além de representações do poder público e sociedade civil.
O equipamento é vinculado ao governo e administrado pela Associação das Empresas do Parque Tecnológico da Bahia (AEPTECBA) desde novembro de 2020. A administração é feita através de um modelo de autogestão e participação de representantes do setor produtivo, universidades, governo e entidades de classe.
Para conhecer mais sobre o Parque Tecnológico da Bahia, iniciativas e ações desenvolvidas, acesse o site.
Sobre o edital – A FINEP/MCTI lançou o edital em 13 de dezembro de 2021. O documento tem como objetivo selecionar propostas para concessão de recursos financeiros não reembolsáveis destinados a parques tecnológicos em implantação ou em operação como forma de incentivar o desenvolvimento tecnológico, o aumento da competitividade e a interação entre empresas e ICT.
O objetivo também é promover o desenvolvimento de ecossistemas de inovação e da sociedade do conhecimento. O total de recursos disponibilizados foi de R$ 180 milhões.
O edital tem validade de 36 meses, e o prazo de execução do projeto deverá ser de até 60 meses, prorrogável, justificadamente, a critério da FINEP.
Foto: Divulgação/GOVBA