O prefeito Bruno Reis disse nesta quinta-feira (8) que o governador Rui Costa mentiu ao afirmar que o gestor municipal teria recuado em um acordo para que o Estado assumisse financeiramente corredores de ônibus em Salvador.
“O governador é mentiroso. O que o governador quer é que o prefeito tire ônibus para obrigar as pessoas a passarem pelo metrô. O que o governador não quer é que a prefeitura bote o BRT para funcionar, para não tirar passageiro do metrô. Ele quer ficar com a parte boa do transporte e deixar a população pagando a conta da parte ruim. E isso eu jamais admitiria. Portanto, ele mentiu em relação a este assunto”, declarou o chefe do Executivo municipal.
Segundo o prefeito, o ideal seria que Município e Estado dialogassem sobre o problema do transporte público, que afeta todo o país. Para o gestor municipal, a negociação conduzida pelo governador em relação ao metrô foi “péssima”. “Eu quero que a imprensa vá investigar as contas do governo. Sabe quanto é que a gente paga por ano pelo metrô? Um bilhão e duzentos milhões de reais é a contrapartida entre o valor da obra e os passageiros que eles estimaram que seriam transportados e não estão sendo”, apontou.
Bruno reafirmou que não possibilidade de cortar linhas de ônibus para atender ao que o Estado deseja. “Não há nenhum entendimento, com qualquer governo, que eu venha a fazer em que a população pague essa conta”, afirmou.
Bruno Reis disse ainda que os adversários políticos nestas eleições adotam a mesma estratégia de espalhar mentiras utilizada na campanha de 2012. “Diziam que éramos os candidatos dos ricos, espalhavam boatos de que a gente ia acabar com o Bolsa Família, com as empresas terceirizadas”, lembrou o prefeito, durante a entrega do 1º trecho do Mané Dendê, em Ilha Amarela.
“Quero convidar esses que venham aqui na Ilha Amarela. Aliás, tem muito candidato que, se a gente colocar aqui, fica perdido e não acerta voltar para o Centro”, acrescentou o gestor.
O chefe do Executivo municipal destacou ainda as realizações na educação e saúde nos últimos anos, como o maior avanço entre as capitais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o aumento da quantidade de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), de uma para dez. Na gestão anterior a 2012, o PT comandou a Secretaria de Saúde e o PCdoB, a de Educação, lembrou o prefeito.
Ao falar sobre o Mané Dendê, Bruno apontou que este será um dos principais legados ao final de sua administração. O prefeito reafirmou ainda que, desde a gestão do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), 80% dos investimentos são feitos nas áreas mais pobres da cidade. “Os ricos têm quem os defendam; os pobres, não”, disse.
Foto: Divulgação/Secom-PMS