Uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo afirma que a Polícia Federal encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL) mensagens que levantaram suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente.
Áudios, fotos e conversas por escrito do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid com demais funcionários sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro. O material indica que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial.
Bolsonaro comentou o caso durante a live. “Essas contas aí, eu vou chutar aqui, não sei, deve dar uns R$ 12 mil por mês. Aí, o Alexandre de Moraes botou o Cid no inquérito das fake news e quebrou o sigilo telemático dele. Estão lá conversas do Cid com minha esposa, comigo, demais ajudantes de ordem”, disse.
Na sequência, o candidato afirma que Moraes vazou o inquérito para a imprensa. Ainda segundo a reportagem, a quebra de sigilo do ajudante de ordens de Bolsonaro, na verdade, atendeu a um pedido da Polícia Federal. “Não vem com esse papinho que foi a PF, não. Esse pessoal da PF, Alexandre de Moraes, come na tua mão. Vazou. Na reta final. Por quê? Criar clima, constranger o ajudante de ordem”, argumenta Bolsonaro.
“Eu não vou adjetivar aqui porque tenho vergonha de falar o adjetivo que merece o Alexandre de Moraes. Ele vaza isso para a imprensa para constranger a mim”, afirmou o presidente.
“Você mexer comigo é uma coisa. Você mexer com a minha esposa, você ultrapassou todos os limites, Alexandre de Moraes. Todos os limites. Está pensando o quê da vida? Que pode tudo, e tudo bem? Vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela sua cabeça? É uma covardia”, completou o presidente.
Procurado, o ministro Alexandre de Moraes ainda não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. O espaço continua aberto a uma possível manifestação.
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE