Diante das informações da chegada no Brasil da nova variante da Covid-19, chamada de BQ.1, e da possibilidade de uma nova onda da doença, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia, órgão que fiscaliza e delibera o SUS no estado, recomendará ao governo e às prefeituras da Bahia o retorno da obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina da covid-19 em espaços de grande concentração de pessoas.
A recomendação é indicada no intuito de controlar e reduzir a contaminação pela variante do coronavírus. Os locais orientados a seguir são hospitais, unidades de saúde, órgãos públicos, aeroportos, rodoviárias, metrô, ferry boat, escolas, academias, shoppings centers, bares e restaurantes, hotéis, cinemas, teatros, museus, festas e estádios de futebol.
A BQ.1 é derivada da variante Ômicron e, diferente de outras cepas, sua característica principal é um escape muito maior da proteção das vacinas.
No Brasil, já são contabilizadas 688.395 mil mortes pelo coronavírus, segundo dados do JHU CSSE COVID-19 Data. Na Bahia, atualmente a cobertura vacinal da 3ª dose para maiores de 18 anos ainda está em 69%, número considerado menor do que o esperado, uma vez em que o estado já está com o reforço da 4ª dose em vigor.
O Conselho prevê que essa é a medida mais eficaz para evitar os casos de contaminação, visto que a imunização é umas das ferramentas mais eficiente e segura para prevenir doenças infecciosas.
De acordo com o presidente do CES, Marcos Sampaio, no caso da covid-19, é notório perceber que após a aplicação das vacinas na população, em suas diversas faixas etárias e grupos prioritários, houve uma redução nas taxas de internações e mortes.
“A possibilidade de não vivermos uma onda nas mesmas proporções de quando a Covid-19 surgiu é a manutenção da aplicação da vacina e suas doses de reforço, sendo incentivada através da apresentação do comprovante de vacina para acessar determinados espaços. Não tenho dúvidas de que a vacina salva.”, declara Marcos.
Ainda segundo ele, a aplicação dessa obrigatoriedade também se faz necessária diante do contexto da falta de vacinas para crianças entre 6 meses e 4 anos. “Uma vez que exista o incentivo e cobrança da caderneta de vacinação atualizada, há consequentemente o aumento na cobertura vacinal e diminuição de contagio para essas crianças e população em um contexto geral. ”, afirma.
A vacinação para crianças nessa faixa etária foi aprovada no dia 16 de setembro de 2022, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para aplicação do imunizante da Pfizer, porém, até o momento elas não foram incluídas na cobertura vacinal.
O Ministério da Saúde afirma que já foram recebidas doses da vacina que serão destinadas para crianças de seis meses a menores de 3 anos com comorbidades, que serão distribuídas para os estados, mas ainda não há uma data.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom-PMS