Com o objetivo de realizar ações educativas e preventivas relacionadas ao controle populacional de cães e gatos em situação de rua na Região Metropolitana de Salvador (RMS), bem como reduzir o risco de zoonoses, como a transmissão de leshmaniose tegumentar e visceral, raiva e esporotricoses para humanos, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) firmou um convênio de R$ 800 mil com a Associação Célula Mãe, que é uma entidade especializada na área, nesta sexta-feira (9).
De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas, o plano de trabalho contempla a captura, procedimento cirúrgico, medicação, pós-operatório e devolução dos animais à comunidade. “Serão, pelo menos, 6 mil procedimentos no período de 12 meses”, afirma o secretário.
A presidente da Associação Célula Mãe, Janaina Rios, explica que a entidade já evitou o nascimento de aproximadamente 150 mil animais em diversas localidades na RMS. “A convivência com os animais não é o problema, mas a proliferação descontrolada, ampliando assim o risco de transmissão de doenças”, explica.
Doenças – A leishmaniose visceral é uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Trata-se de uma doença endêmica na Bahia, presente em 174 dos 417 municípios. Segundo o boletim epidemiológico de fevereiro de 2018, 14 óbitos ocorreram no estado no ano passado, sendo que o percentual de cura foi de 59% .
Já o último caso de raiva humana transmitida por cão na Bahia ocorreu em 2004, no município de Salvador. Treze anos depois, em 2017, ocorreu outro caso em humano, desta vez provocada pela mordedura de morcego, no município de Paramirim.
Foto: Ascom/SESAB