Em 1835, na noite de 24 para 25 de janeiro um grupo de negros africanos e brasileiros islamizados se rebelou contra a elite senhorial, com o objetivo de alcançar a liberdade e implantar um califado com seus costumes e tradições em Salvador. Esta luta, que ficou conhecida como Revolta dos Malês, é o tema do Sociedade Nagô – O Início, aplicativo gamificado sobre a revolta dos malês, que alterna entre o jogo virtual e tarefas no mundo real, a ser lançado no sábado (16), a partir das 13:30, na Livraria Leitura, no Shopping Bela Vista.
O foco do jogo é trazer o conteúdo histórico da Revolta de forma mais aprofundada com um suporte pedagógico, juntamente com o fator lúdico, mini games, mistério, desafio e tarefas que envolvem emitir opiniões, ilustrar e escrever textos e pesquisar. No lançamento, aqueles que comparecerem poderão testar o jogo, conversar com a equipe que desenvolveu o projeto e ainda ocorrerá a leitura de um texto sobre a Revolta dos Malês.
O título faz a alusão à sociedade secreta fictícia do jogo formada pela maioria de libertos africanos da etnia Nagô. O game demorou cinco meses de produção. O gênero do jogo é o point and click (apontar e clicar com exploração dos objetos, cenários e objetos) com influência de graphic novels (os personagens procuram o jogador para contar informações históricas e que ajudam no game).
Sociedade Nagô – O Início, idealizado pelo game designer Alexandre Santos, é financiado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, por meio do edital App pra cultura 2017.
O projeto foi desenvolvido pela Strike Games em parceria com a Labrasoft (grupo de pesquisa do IFBA). O jogo conta com itens de acessibilidade como tutorial, volumes de áudios separados (música, narração e efeitos), celular vibra ao colocar peças do mini game no local correto e narrativa.
Versão na Play Store para Android
Versão no itch.io para Windows.
Foto: Divulgação