Três dos vereadores presos na operação “Último Tango”, deflagrada na cidade de Correntina, Oeste da Bahia, foram soltos na segunda-feira (30), segundo informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA), responsável pela operação. O trio e outros três vereadores são investigados por fraudar processos licitatórios e contratos na cidade e desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores. Além disso, o grupo teria feito exigências ilícitas ao prefeito da cidade, inclusive a entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de projetos de lei.
Conforme o MP-BA, foram soltos Adenilson Pereira de Souza, Juvenil Araújo de Souza e Nelson da Conceição Santos. Eles cumpriam prisão temporária, que venceu na segunda-feira. Os outros vereadores presos são Jean Carlos Pereira Santos e Milton Rodrigues Souza, que também cumprem medida temporária, e Wesley Campos Aguiar, que era presidente da Câmara, e que cumpre prisão preventiva. Enquanto ele não retorna ao cargo, o vereador Ebraim Silva Moreira, que era vice-presidente da Casa, está na função de presidente em exercício.
“Temos sessões às terças-feiras, vamos ver se eles vão aparecer. Eu nem posso fazer uma votação de cassação porque temos 13 vereadores e, para esse tipo de votação, precisamos de nove votos. No momento, a casa possui sete vereadores”, contou Ebraim.
Ainda segundo Ebraim, conforme regimento da Câmara de Correntina, os vereadores só perderão o mandato se ficarem ausentes da Casa por quatro meses.