20 de abril de 2024
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Setur lança edital para realizar naufrágios artificiais na Baía de Todos-os-Santos

Setur lança edital para realizar naufrágios artificiais na Baía de Todos-os-Santos

Em pouco tempo, Salvador deve retornar ao posto de capital nacional dos naufrágios. Isso porque a Secretaria de Turismo do estado da Bahia (Setur) publicou um edital para contratação de estudos que apontem localizações propícias para realização de naufrágio artificial de embarcações na Baía de Todos-os-Santos.

A iniciativa visa incentivar o desenvolvimento do turismo náutico, ampliando a oferta de atrativos aos turistas, com fomento ao segmento do turismo de mergulho ou subaquático.

O chamado afundamento assistido de embarcação possibilita a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat e se convertem em atividade turística para visitantes, mergulhadores profissionais e estudiosos do ambiente marinho.

A atividade contribui diretamente para o desenvolvimento do ecoturismo, servindo de instrumento para diversificação dos serviços turísticos capazes de fortalecer a economia baiana.

Visibilidade – De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens Bahia (Abav-BA), Ângela Carvalho, os naufrágios serão grandes aliados para a retomada para o crescimento da economia na região da Baía de Todos-os-Santos.

“O turista, quando decide visitar uma cidade, ele já vem informado do que a região oferece de atividades. Então, disponibilizando mais um atrativo turístico para Salvador, a maioria dos setores tende a ganhar. Devemos saber que tem um público interessado nesse tipo de atividade”, diz a presidente.

Segundo informações da Setur, todo o processo de afundamento dos navios deve seguir as diretrizes para evitar o impacto ambiental na região.

O diretor da Marina de Aratu, Antônio Barreto, pontuou sobre as embarcações que devem ser naufragadas. “Acredito que sejam os antigos ferries Monte Serrat e Ipuaçu”, disse Barreto.

A empresa Wilson Sons, que opera o Porto de Salvador, demonstrou interesse em participar. No entanto, está sendo pesquisado, internamente, qual embarcação será disponibilizada para o naufrágio.

O diretor da empresa de mergulho Bahia Scuba, Gilson Galvão, informou que a atividade de recifes naturais é praticada em locais de crescimento turístico, como na cidade de Recife, em Pernambuco. A capital é famosa pelas atividades de mergulho, principalmente pelos naufrágios artificiais.

“Há dez anos, Salvador era considerada como a capital nacional dos naufrágios. Foi quando Recife começou a movimentar o turismo de mergulho e tomou o posto que era da capital baiana”, explica o diretor.

Retorno – Ele ressalta que o turismo subaquático é uma atividade que traz lucratividade para o setor turístico e econômico. “O mergulhador, quando planeja visitar um local para atividades subaquáticas, ele aproveita todas as áreas da cidade, não apenas o turismo. É uma atividade seletiva que precisa de um poder aquisitivo para os gastos”, diz Gilson.

Gilson ainda informa sobre o período em que os navios passam a ser integrados ao ambiente marinho. “Temos a baía mais rica e limpa de toda a costa. Além disso, não é necessário ir tão longe para aproveitar. Dentro de um mês já é possível observar o recife artificial”, relata.




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