19 de abril de 2024
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Braskem pagará R$ 1 bilhão em dividendos para acionistas

Braskem pagará R$ 1 bilhão em dividendos para acionistas

A petroquímica Braskem pagará antecipadamente um dividendo de R$ 1 bilhão a seus acionistas. A companhia apresentou ótimo resultado em operações no acumulado do ano até setembro e, somando ao que já pagou durante 2016, graças ao bom resultado de 2015, teria remunerado Odebrecht e Petrobras com cerca de R$ 2,2 bilhões pela participação na maior fabricante de resinas das Américas e uma das maiores do mundo.

A direção da Braskem se manifestou na última terça-feira (28), apresentando os valores exatos a serem pagos neste ano. Odebrecht receberá R$ 384 milhões no dia 12 de dezembro, e a Petrobras, R$ 362,2 milhões. Ambas são, respectivamente, a primeira e a segunda colocadas entre as maiores acionistas da Braskem.

Ano passado, em abril e outubro, também como dividendos, Odebrecht e Petrobras receberam R$ 1 bilhão cada. Somados aos deste ano, a Braskem pagará R$ 1,15 bilhão à Odebrecht, e R$ 1,07 bilhão à Petrobras. Dividendos de R$ 1 bilhão a um único controlador representa o maior valor já pago pela Braskem desde sua constituição, em 2002. O pagamento de R$ 2 bilhões para Petrobras e Odebrecht representaram 60% do lucro líquido de 2015 da petroquímica.

A Odebrecht é detentora de pouco mais de 226,33 milhões de ações ordinárias da Braskem, o que lhe renderá mais R$ 284,4 milhões em dezembro. Já a Petrobras conta com 47% do capital ordinário da Braskem e 21,9% das ações preferenciais da petroquímica, dando-lhe direito ao valor exato de R$ 267 milhões.

Acionistas – A Petrobras, bem como a Odebrecht, se vê endividada desde o escândalo do chamado Petrolão, e deve, ainda em 2018, vender parte de seus ativos, incluindo sua participação na Braskem. A Odebrecht, por outro lado, afirma que não desistirá completamente de sua participação na Braskem, diminuindo-a em futuro próximo. O mercado financeiro entende que não é possível chegar ao valor real da Braskem para uma possível oferta de ações enquanto esta não se desfizer de, ao menos, duas acionistas.

Prejuízo – O Polo de Camaçari também rendeu recursos à Odebrecht quando a Cetrel, prestadora de serviços ambientais na região, a recomprou. A Braskem pagou, recentemente, R$ 610 milhões para o grupo controlador, a fim de reaver a companhia de saneamento, vendida pela própria petroquímica para a Odebrecht Ambiental há cinco anos.

Com o prejuízo em 2016, o pagamento de dividendos não estava previsto para este ano. Entretanto, a Braskem alcançou lucro líquido acumulado, de janeiro a setembro, de R$ 3,7 bilhões, e Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 9,4 bilhões, antecipando, portanto, a distribuição de dividendos que ocorreriam somente em 2018.




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