Em sessão na tarde desta segunda-feira (04), o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) anulou por 6 votos a 1 as buscas e apreensões realizadas durante a “Operação Opinião”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Eleitoral (MPE), no dia 13 de setembro, e que tinha como alvo principal o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL). Na prática, o TRE anulou a ação da PF.
O MPE suspeitava de que Nilo seria o controlador da Bahia Pesquisa e Estatística – Babesp, também conhecida como ‘Datanilo’, e que poderia estar manipulando os resultados das pesquisas divulgadas pelo instituto. Nos bastidores se dizia, ainda, que havia suspeitas de que Nilo utilizaria a empresa para contabilização fraudulenta de recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas políticas, o chamado “caixa 2”, mas isto não consta do processo.
Na ocasião, a PF cumpriu mandados em sete locais relacionados a Marcelo Nilo em Salvador, incluindo seu gabinete na AL-BA e residência, de seu genro Marcelo Dantas Veiga e do sócio da empresa Babesp, Roberto Pereira Matos, além da sede da Leiaute Comunicação.
Os mandados de busca e apreensão ocorreram para que fossem juntadas provas que pudessem confirmar as suspeitas. Na prática, porém, houve anulamento da ação e todos os documentos apreendidos terão de ser devolvidos. O único que ainda não recorreu pela anulação foi Roberto Pereira Matos, sócio da Babesp.
“Sempre confiei na Justiça. E a Justiça fez Justiça”, disse Nilo, logo após proferido resultado da votação. O único voto contra Nilo, Veiga e a Leiaute foi o do juiz eleitoral Jatahy Fonseca.