25 de abril de 2024
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Família de velejador baiano preso com drogas em Cabo Verde faz protesto em Salvador

Família de velejador baiano preso com drogas em Cabo Verde faz protesto em Salvador

Familiares do velejador Rodrigo Dantas, de 25 anos, que foi preso com mais de uma tonelada de cocaína na África, fizeram uma manifestação na tarde desta sexta-feira (26), em Salvador, para chamar atenção para o caso e defender o jovem. A família tenta provar que o rapaz e os outros três presos – sendo dois brasileiros e um francês – são inocentes.

Rodrigo, Daniel Guerra, que também é baiano, o gaúcho Daniel Dantas e o francês Olivier Thomas viajavam juntos em um veleiro, que tinha como destino a Ilha de Açores, em Portugal. Eles foram contratados para transportar a embarcação, que tinha acabado de ser reformada em Salvador. Ao chegar na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, o veleiro foi inspecionado e a droga foi encontrada.

Os familiares de Rodrigo dizem que ele não sabia que a droga estava na embarcação. Nesta sexta-feira, eles se juntaram a amigos do jovem e a outros velejadores, em um píer, no bairro da Ribeira, na capital baiana.

Durante o ato, o grupo exibiu um vídeo com mensagens da mãe do velejador, que se mudou para a África desde que ele foi preso, e do professor de vela do jovem. O protesto durou cerca de duas horas.

“A nossa vontade é de que ele fique logo livre, que esse julgamento ocorra logo e ele fique livre. Queremos que a Justiça seja mais rápida. Eles estão pagando um preço alto por um crime que não cometeram”, contou o tio de Rodrigo, Alex Coelho Lima.

Anúncio de emprego – O drama de Rodrigo na África começou após um anúncio de emprego na internet. De acordo com a família do jovem, foi assim que ele decidiu encarar o desafio de atravessar oceano Atlântico para entregar o veleiro em Portugal. Rodrigo veleja desde os 12 anos e sonhava ser capitão internacional. Para isso, ele precisava de milhas náuticas velejadas para alcançar a graduação.

O anúncio procurava velejadores para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Era uma oferta de trabalho de uma empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra. O dono da embarcação seria um inglês conhecido como George Fox.

Rodrigo e outro velejador baiano, Daniel Guerra, foram contratados pela empresa Yatch Delivery Company, que tem sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Dantas se juntou à equipe, que já contava com o capitão. Antes de sair do Brasil, em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal.

O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada, mas na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, na África, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação.

Rodrigo ficou em liberdade condicional em Cabo Verde durante quatro meses, mas no final do ano, ele e os outros velejadores foram presos novamente. O caso está sendo acompanhado pela Polícia Federal, mas ainda não há previsão para a transferência dos brasileiros. A família organizou uma abaixo-assinado on-line em busca de apoio.




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