A mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado Lúcio Vieira Lima, ambos do MDB-BA, Marluce Vieira Lima, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite um pedido de prisão domiciliar apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra ela. Caberá ao ministro Luiz Edson Fachin analisar o caso. Não há prazo para a decisão.
Em dezembro do ano passado, a PGR denunciou Geddel e Lúcio ao STF no caso em que foram encontrados R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador (BA). O imóvel é atribuído pela Polícia Federal a Geddel.
Na denúncia, a PGR pediu o recolhimento noturno de Lúcio Vieira Lima e a prisão domiciliar de Marluce.
No documento enviado ao STF, a defesa de Marluce Vieira Lima afirma que o pedido de prisão domiciliar foi uma “desagradável surpresa”, acrescentando que a acusação da PGR é baseada exclusivamente no depoimento de Job Ribeiro Brandão, ex-assessor da família.
Brandão disse à polícia que havia dinheiro na casa de Marluce e que destruiu provas a mando de Geddel. Ele afirmou também que secretários de Lúcio Vieira Lima, pagos com o dinheiro público, trabalham na casa de Marluce para a mãe do deputado.
Os advogados de Marluce afirmam que a casa da cliente servia de escritório para reuniões de Lúcio Vieira Lima com o objetivo de economizar reecursos públicos.
“Tratando-se de medida que visa a onerar menos o erário, deveria ser encorajada”, afirma a defesa.
Sobre a suposta destruição de provas, a defesa afirma que se trata “de mais um devaneio desesperado do candidato à delação, ansioso para ver-se livre da persecução penal”.