18 de abril de 2024
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Sem “golpe”: Rui Costa quer que o PT vire a página do impeachment

Sem “golpe”: Rui Costa quer que o PT vire a página do impeachment

Da Redação (redacao@newsba.com.br)

Na última segunda-feira (12), o governador Rui Costa (PT) deu uma entrevista ao Portal UOL e contrariou a cúpula petista em dois fatos relevantes: o discurso sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a possibilidade de um plano B caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não possa se candidatar em outubro.

Sobre o primeiro tema, ele sugere que seu partido “vire a página” do impeachment e que pare de brigar com “aquele momento histórico”.

Sem usar o termo “golpe”, ao contrário de muitos de seus correligionários, Costa disse que milhões de pessoas foram às ruas pedir a saída de Dilma e que não se pode rejeitar os votos daqueles manifestantes. “Nós queremos ou não o voto dessas pessoas para reconstruir o Brasil? Queremos”, respondeu a si mesmo.

A declaração do governador petista é no mínimo “sui generis”, uma vez que acontece às vésperas da participação dos ex-presidentes Lula e Dilma no Fórum Social Mundial 2018, que este ano é realizado em Salvador, com toda a infraestrutura e apoio do Governo da Bahia.

O governador avaliou ainda que uma eventual prisão de Lula pode render votos ao partido. E que o PT também deve considerar apoiar candidaturas de outras siglas para a disputa pelo Planalto caso o ex-presidente fique fora do pleito de outubro.

Para Costa, o PT precisaria entender que, em um cenário sem Lula, “mais importante que ter um nome do partido, é ter um nome que reconstrua o Brasil”.

“Não podemos ficar nessa marra de que, se não há um nome natural do PT e se o Lula não puder ser [candidato], por que não pode ser de outro partido? Acho que pode e acho que essa discussão, se ocorrer, no momento exato, nós vamos fazer esse debate”, comentou, sem citar nomes de outras possibilidades.

Condenado em segunda instância, Lula, hoje, está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O partido, porém, diz que vai insistir na candidatura. O ex-presidente também pode ser preso, já que o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) indicou que irá pedir a execução da pena de mais de 12 anos de reclusão. Essa questão jurídica, aliás, é vista pelo governador baiano como um reflexo da ambição eleitoral de Lula.

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.




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