20 de abril de 2024
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PF cumpre mandados de prisão contra operador do MDB e ex-dirigente petista

PF cumpre mandados de prisão contra operador do MDB e ex-dirigente petista

Agentes da Polícia Federal (PF) estão nas ruas na manhã desta quinta-feira (12) para cumprir 10 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro. Liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), a ação conhecida como “Operação Rizoma” é mais um desdobramento da Lava-Jato no Rio. Um dos investigados, Arthur Pinheiro Machado, foi preso em São Paulo.

O jornal O Globo informa que entre os alvos estão o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos e cujo mandado será cumprido em Brasília; Marcelo Sereno (na foto acima com José Dirceu), ex-secretário nacional de comunicação do PT; e Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa, que recebeu aportes financeiros dos dois fundos de pensão.

De acordo com o MPF, a empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos concomitantemente a um contrato de câmbio com empresas de fachada, pertencente a Edward Penn, operador que trabalha nos Estados Unidos. Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares das empresas americanas de Edward Penn. Essas importações eram fraudulentas.

A compra seria simulada por Machado, que enviava o dinheiro para o exterior. A partir da colaboração espontânea de um dos envolvidos, os investigadores puderam verificar que o dinheiro das compras era remetido para fora do país, tendo a participação dos doleiros Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, ambos acusados de envolvimento em operações de lavagem de dinheiro do esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o dinheiro depois para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a conexão dos fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o elo entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral

Juca e Toni usavam o mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por Machado.

Além de Machado, Penn, Sereno e Lyra, São ainda alvos de mandado de prisão Patrícia Iriarte, apontada como operadora do esquema junto a Machado; Adeilson Ribeiro Telles e Henrique Barbosa da Postalis; Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro; e Carlos Alberto Valadares Pereira da Serpro.

Repasses – Ainda de acordo com as investigações, Sereno, apontado como operador de Cabral, teria recebido do esquema de R$ 900 mil; Milton Lyra, um total de US$ 1 milhão entre 2013-14 e Gandola o valor de R$ 400 mil.

Montado em 2010 pela Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia, o projeto de criação de uma plataforma eletrônica de negociação — uma nova bolsa de valores — pretendia competir com a Bolsa de São Paulo (Bovespa) e com a Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F). Na ocasião, o diretor-executivo da ATG, Arthur Pinheiro Machado, fechou uma parceria com a NYSE Euronext, referência internacional em operações financeiras, que passou a ser representada na sociedade pela Marco Polo Netwok Inc.




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