29 de abril de 2024
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Em Curitiba, Wagner defende que candidato seja escolhido por frente progressista

Em Curitiba, Wagner defende que candidato seja escolhido por frente progressista

O ex-ministro Jaques Wagner defende que, caso o ex-presidente Lula seja impedido de concorrer à Presidência da República, o PT se junte a uma frente de partidos “progressistas” para escolher um candidato único. Nesse cenário, a definição do nome para encabeçar a chapa ocorreria mais perto da eleição.

Ao visitar na manhã desta terça-feira (1º) o acampamento montado na frente da sede da Polícia Federal (PF) do Paraná, onde o ex-presidente está preso, Wagner disse ser “amplamente favorável” à ideia, inclusive assumindo essa posição junto à direção do PT.

“Em todas as conversas que tive com a direção do partido, tenho dito que não é hora de discutir nomes. É hora de discutir plataforma que unifique o campo progressista. É isso que vai dar força para gente empurrar. O nome é uma consequência da força dessa plataforma”, disse o ex-governador.

De acordo com Wagner, se Lula puder ser candidato, ele encabeçaria a frente de partidos: “Se o Lula sair, é inevitável que ele centralize a maioria desse campo”.

Apesar de ter afirmado que qualquer discussão sobre plano B “trabalha para os adversários e significaria concordar com a interdição de Lula”, o ex-ministro falou sobre um cenário em que o ex-presidente seria impedido de concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa. Para ele, nesse caso, o PT não pode ter a pretensão de obrigatoriamente encabeçar o bloco de aliados.

“Sou daqueles que defende que se você tem uma frente, não pode dizer que só eu tenho direito de puxar essa frente”, afirmou.

O governador da Bahia, Rui Costa, já havia afirmado, antes da prisão de Lula, que o PT deve cogitar um candidato de outro partido com se o ex-presidente for impedido de concorrer. Reservadamente, outras lideranças também reconhecem que esse seria um caminho a ser discutido.

Nesta terça-feira, Wagner citou os pré-candidatos Manuela d´Ávila (PCdoB), Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT). “A escolha do nome vai depender de uma conjuntura que ninguém consegue traçar hoje”.

Ciro tem provocado mal-estar no PT por não ter ido ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nos dois dias em que Lula ficou no local na semana passada depois de o juiz Sergio Moro decretar a sua prisão. Por enquanto, o pré-candidato do PDT também não esteve em Curitiba, como já fizeram Manuela e Boulos. A avaliação de dirigentes é que Ciro, com a postura adotada, rompeu qualquer possibilidade de ter o PT ao seu lado.

“O Ciro tem uma característica pessoal que todos nós conhecemos. Se reunir para discutir candidatura, é possível que alguns não queiram vir. Se for para discutir programa, frente que nos unifica, não vejo porque alguém não venha”, afirmou Wagner.

Boulos também esteve nesta terça-feira no acampamento de simpatizantes de Lula. O pré-candidato defendeu a formação de uma frente, mas com o objetivo exclusivo de lutar pela liberdade do ex-presidente

“Temos que formar uma frente democrática ampla no país pela liberdade do Lula. Nessa frente, devem estar partidos, candidatos à Presidência da República, juristas, intelectuais e entidades de classe”, defendeu.




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