18 de abril de 2024
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Museu de Arte da Bahia recebe exposição “Primavera Burlesque” de Miguel Cordeiro

Museu de Arte da Bahia recebe exposição “Primavera Burlesque” de Miguel Cordeiro

O artista plástico baiano Miguel Cordeiro celebra a exposição “Primavera Burlesque”, com 50 obras em uma metáfora sobre a ironia do olhar, por meio de cores quentes, vivas e puras. A mostra faz parte do centenário do Museu de Arte da Bahia e fica exposta no salão principal até o dia 03 de junho, com visitação gratuita.

“Essa exposição reúne um trabalho que eu venho desenvolvendo desde 2015 e tem uma temática luminosa, no sentido da renovação da criação da arte. Ter um desafio para recomeçar e buscar uma nova abordagem”, explicou Miguel que não se prende a uma técnica específica, mas explora diversos materiais como pintura acrílica, spray e colagens que interagem com o próprio desenho.

Em entrevista à jornalista Viviane Freitas do site Surf Room, ele conta que despertou para a arte ainda na adolescência, quando percebeu sua aptidão e, ao experimentar novos conceitos, foi se aprofundando cada vez mais. As famosas ilustrações do norte-americano Rick Griffin, na Revista Surfer e do John Severson serviram de inspiração para a mente criativa do artista baiano.

Somada à sua atitude, a pegada underground se deu mesmo com o seu personagem Faustino. Grafitado nos muros da cidade e aguçando o imaginário das pessoas. As frases abordavam comportamentos do cotidiano da época, tais como: “Faustino usa escovinha pata pata”, ou, “Faustino rouba miudezas nas Americanas”.

“A arte é uma antena, onde você captura o que está acontecendo a sua volta de você e vai processando isso, através da criação. Eu achava que a criação era uma coisa linear e não é. Na verdade é multifacetada, ela vai se afunilando até ganhar uma cara”.

“O Faustino foi um personagem que eu criei e que, na verdade, era uma grande curtição. As pessoas ainda me perguntam, qual é a razão daquilo, por exemplo. Elas tentam compreender o personagem como algo racional, quando na realidade não tinha nada disso. Era uma curtição até com a cafonice, conectado com os comportamentos da sociedade. É claro que eu não me identificava com o faustino , era tudo o que eu não queria ser. Mas em certos momentos nós acabamos nos pegando fazendo algo bem típico do personagem”, explicou. Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.




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