Em entrevista publicada no jornal A Tarde desta segunda-feira (11), o ex-craque da Seleção de 70, Tostão, atualmente, comentarista esportivo e colunista de esporte em jornais espalhados pelo Brasil, disse que se preocupa muito com o comportamento de Neymar durante a Copa da Rússia.
“Há uma grande esperança de que o Brasil jogue bem, e Neymar é o destaque da seleção. Se o Brasil ganhar a Copa, certamente Neymar será considerado um dos mais responsáveis, ele está bem acima de todos os outros, é um supercraque mesmo. Mas ele é muito esquentado, dá piti em campo, à s vezes se torna agressivo, quando sofre uma falta violenta, reage… Então, há um medo de ele ser expulso ou jogar com muitos cartões amarelos. É um risco, pequeno, mas existe. Outro ponto importante é: acho que ele precisa ter a sabedoria de saber a hora em que vai jogar coletivamente e a hora em que vai fazer a grande jogada, o grande gol. Se começar a querer driblar dois, três, em toda bola que pegar, pode ser péssimo para ele e para a Seleção. Geralmente, ele tem essa sabedoria, mas há alguns jogos em que se perde por querer fazer a jogada impossÃvel. Neymar não tem paciência de esperar o momento certo, e essa é uma preocupação que eu tenho”, afirmou.
Para ele, o Brasil é uma das equipes favoritas, mas há outras equipes muito fortes. “O principal é a qualidade dos grandes adversários. Brasil x Alemanha, Brasil x França e Brasil x Espanha é de igual para igual. Tanto podemos perder quanto podemos ganhar. É um risco, por exemplo, perder em um confronto de quartas de final, até nas oitavas, se o Brasil pegar a Alemanha, caso ela não seja a primeira do grupo. O Brasil está entre os favoritos, mas não é o grande favorito, então não será surpresa se não formos campeões. Há outras seleções tão fortes quanto”, conclui.