Após meses de ensaio, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) anunciou nesta quinta-feira (26), que será candidato ao governo do Estado do Rio em outubro. Ainda não está definido quem será candidato a vice em sua chapa, e Paes não quis falar sobre alianças – segundo ele, elas serão tratadas por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e principal liderança do DEM no Rio. Paes também afirmou que não deve apoiar um candidato a presidente, já que provavelmente sua coligação estadual reunirá partidos com vários candidatos a presidente.
Paes confirmou a candidatura ao governo após se reunir com o general Braga Netto, interventor federal na segurança pública do Estado do Rio, na sede do Comando Militar do Leste, no centro do Rio. “Já conhecia o general, que durante a Olimpíada trabalhou em Deodoro [bairro que concentrou um dos polos esportivos da Rio-2016]. A segurança pública é uma questão fundamental, então quis conversar com ele sobre a situação atual”, disse Paes, para quem é improvável que a intervenção federal, prevista para terminar em 31 de dezembro próximo, seja estendida ao longo de 2019.
Ele negou que tenha constrangimento ao fazer campanha em Maricá – município do Estado do Rio que o então prefeito Paes menosprezou, numa conversa telefônica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgada como parte de uma investigação da Polícia Federal: “Inclusive é a única cidade onde eu já estive [fazendo pré-campanha]. Não tem problema não”, afirmou.
Paes disse ainda que não teria constrangimento em receber apoio do MDB, seu ex-partido: “Quem vai decidir é o Rodrigo [Maia], mas os partidos são compostos por pessoas. No MDB tem Jarbas Vasconcelos, assim como no PT tem Tarso Genro. Meu CPF é único, não se confunde com [os documentos] daqueles que erraram”.