25 de abril de 2024
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Operador de Cabral relata pagamento de propina da Oi

Operador de Cabral relata pagamento de propina da Oi

Novos trechos da dela̤̣o de Carlos Miranda Рoperador do esquema de corrup̤̣o no governo de S̩rgio Cabral Рrevelam, pela primeira vez, detalhes de pagamento de proprina envolvendo o estado e a empresa de telefonia Oi.

Miranda afirmou que, em 2008, Cabral o informou que houve acerto entre o governo do estado e a Oi para renovação do contrato de telefonia e que o valor de propina ajustado foi de R$ 4 milhões.

O delator contou que o valor foi ajustado com Rogerio Nora, ex-presidente da Andrade Gutierrez Рque erar uma das controladoras da Oi. Miranda tamb̩m disse que os valores eram pagos por Alberto Quintaes, outro ex-executivo da empresa.

Carlos Miranda disse que Cabral mandou dar R$ 500 mil para Wilson Carlos, então secretário de governo por prêmio pela negociação, e que o dinheiro foi enviado ao exterior. O delator também disse que outros 500 mil para Regis Fichtner, então secretário da Casa Civil. A propina teria sido entregue no escritório de advocacia de Fitchner.

Miranda disse ainda que ouviu de Cabral que parte dos valores das vantagens indevidas destinadas ao ex-governador foi paga por meio de contrato de advocacia firmado com o escritório da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo. Miranda diz que não sabe dizer, porém, se isso de fato aconteceu.

Segundo as investigações, Carlos Miranda gerenciava o recolhimento de propina da organização criminosa que se instalou no governo do estado.

Miranda já tinha apontado corrupção em áreas do governo estadual como comunicação, ciência e tecnologia, obras, planejamento e na Loterj.

Questionada se executivos da Andrade Gutierrez omitiram informações sobre o suposto pagamento de propina entre a Oi e Cabral, a Procuradoria Geral da República informou que os acordos de colaboração premiadas seguem regras e se comprovada omissão ou mentira, há sanções previstas. Mas não há como confirmar nesse momento.

A Oi disse que a atual administração da companhia desconhece o assunto e que a Andrade Gutierrez não tem mais participação na empresa.

Para o governo do Estado, as declarações são muito vagas e não podem ser esclarecidas.

A defesa de Adriana Ancelmo contesta qualquer recebimento de vantagem indevida.

O advogado de Regis Fichtner nega que ele tenha recebido qualquer quantia de origem ilícita. Nós não conseguimos contato com os outros citados na reportagem.

A Andrade Gutierrez declarou não ter conhecimento dos fatos relatados. Disse que não é acionista da Oi há três anos e que está está à disposição da Justiça.




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