19 de abril de 2024
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Ex-ministro de Lula, Tarso Genro prefere Boulos do PSOL a Haddad do PT

Ex-ministro de Lula, Tarso Genro prefere Boulos do PSOL a Haddad do PT

Ex-ministro da Justiça e da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-governador do Rio Grande do Sul e uma das principais lideranças da chamada esquerda petista, Tarso Genro, 71 anos, tem defendido que o PT considere o apoio a Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, caso a Justiça eleitoral vete a candidatura de Lula, condenado e preso na Lava Jato.

Segundo ele, Boulos é o nome que reúne condições para liderar uma nova frente político-eleitoral de esquerda na era pós-Lula. Indagado sobre a viabilidade de Fernando Haddad, de quem é muito próximo desde os tempos no Ministério da Educação, disse ter dúvidas sobre as chances de o ex-prefeito de São Paulo ser o escolhido do PT.

Conhecido por ser uma das vozes divergentes em relação ao estabilishment petista, Tarso, que hoje comanda o Instituto Novos Paradigmas, argumenta que a defesa do eventual apoio a Boulos não representa risco à estratégia segundo ele acertada de manter a candidatura de Lula, pois se trata de um nome de fora do partido, enquanto a defesa explícita de Haddad, neste momento, poderia desestabilizar a unidade partidária.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Tarso defende ainda que o PT escolha logo, até a convenção do dia 5 de agosto, o candidato a vice e disse que o acordo entre o Centrão e o tucano Geraldo Alckmin obriga uma unidade da esquerda, mesmo que no segundo turno.

“O que venho dizendo é que Lula é meu candidato e que é o candidato do partido. E é o melhor preparado para tirar o País da crise e, ainda, que devemos sustentar sua candidatura até uma decisão terminativa do Supremo. E venho dizendo, sim, que Boulos e Manuela (D’Avila, do PCdoB) são duas alternativas que devemos considerar na hipótese de a candidatura Lula não ser registrada. E mais: que Boulos deu uma demonstração plena de que está preparado, se Lula não for registrado, para liderar uma nova frente política democrática eleitoral, que exclua do nosso meio os resquícios golpistas, que tentarão “compor” com a esquerda se tivermos chance de ganhar”, afirmou.




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