A agência espacial americana (Nasa) lançou sua primeira missão para “tocar” o Sol, a Parker Solar Probe, à s 4h31 da manhã deste domingo (12), horário de BrasÃlia (3h31 da manhã, hora local). A operação chegou a ser adiada três vezes. O último cancelamento ocorreu no sábado (11) por conta de problemas técnicos.
A nave espacial deverá se aproximar da enorme estrela cheia de hidrogênio e hélio e enfrentará temperaturas altÃssimas, assim como nÃveis de radiação. Os cientistas vão chegar mais perto do que nunca – na atmosfera externa do Sol – e o que será colhido de informação pelo caminho também será importante.
A nave espacial foi lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, em uma janela de lançamento que foi aberta neste sábado (11) à s 3h48 da madrugada da Flórida (4h48 de BrasÃlia).
A Nasa disse que a missão é “histórica”. “Esta missão é um tremendo desafio de engenharia e ciência. As informações que resultarem do experimento vão revolucionar nosso entendimento do Sol”, garantiu Juan Felipe Ruiz, engenheiro mecânico da sonda Parker.
A Parker Solar Probe (PSP) é uma nave única: foi projetada para suportar condições brutais de calor e radiação, com uma blindagem que é resultado de anos de pesquisas.
A PSP chegará sete vezes mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave. Para suportar as altas temperaturas, ela terá um escudo especial com 11,43 centÃmetros de espessura. O material deverá suportar temperaturas que passam de 1,3 mil ºC – a superfÃcie do Sol pode chegar a 5,5 mil ºC. A coroa, atmosfera externa, pode ter milhares de graus Celsius. Por isso, vamos chegar até um certo limite. A PSP terá mais ou menos o tamanho de um carro e tem custo de US$ 1,5 bilhão (R$ 5,8 bilhões).
Objetivos – A missão tem como principais objetivos aprender mais sobre os ventos solares (um fluxo de partÃculas que sai constantemente do Sol) e entender os motivos de a atmosfera externa do Sol ser mais quente que a superfÃcie.
O nome da missão – Parker Solar Probe – é uma homenagem a Eugene Newman Parker, astrofÃsco de Michigan. Foi ele quem descobriu uma solução matemática para comprovar os ventos solares. Parker recebeu a honra de ter uma missão com seu nome ainda vivo, uma raridade na história da Nasa.
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