Em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os executivos da empreiteira Galvão Engenharia relataram que Lúcio Gomes, irmão do candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, recebeu R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo e captou R$ 5,5 milhões via doações eleitorais oficiais para o PSB em troca da liberação de pagamentos de obras no governo do Ceará durante a gestão de Cid Gomes (2007-2014), outro irmão do presidenciável.
O jornal O Globo teve acesso à delação de Jorge Henrique Marques Valença, ex-executivo da construtora, homologada em dezembro passado e mantida até hoje sob sigilo.
Segundo o delator, ele foi orientado por Lúcio Gomes a tratar da participação da empresa nas obras do governo do Ceará em reuniões oficiais diretamente com Ciro e com Cid Gomes.
O candidato a presidente Ciro Gomes disse que tem 38 anos de vida pública e que não há nada contra sua conduta. Ele disse também que essa denúncia aparece justamente em um momento de crescimento da sua campanha a presidente e que irá processar o delator da Galvão Engenharia.