O treinador da seleção brasileira de canoagem velocidade, Jesús Morlán, morreu na manhã deste domingo (11), em Belo Horizonte (MG), em consequência de um tumor no cérebro. A informação foi confirmada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Morlán foi diagnosticado com câncer cerebral em novembro de 2016. O treinador passou por uma cirurgia, além de intenso tratamento nos últimos anos com uso de quimioterapia e radioterapia, entre outras tentativas. Ele tinha 52 anos.
Morlán revolucionou a canoagem brasileira. O espanhol foi contratado pelo COB para trabalhar no Brasil 2013 e, sob seu comando, a modalidade alcançou resultados históricos, como as três medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016, com Isaquias Queiroz e Erlon de Souza, além de 10 em Mundiais. Antes de trabalhar no Brasil, Morlán havia levado o canoísta David Cal a conquistar cinco medalhas em Jogos Olímpicos (um ouro e quatro pratas).
O COB decretou luto oficial por três dias e terá sua bandeira hasteada a meio-mastro neste período. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira, lamentou o falecimento de Jesús Morlán. “Mais do que a perda de um excelente profissional, com uma competência diferenciada, que realizava um trabalho em alto nível defendendo a canoagem brasileira e liderando um projeto de sucesso, com uma metodologia criada por ele que gerou inúmeras conquistas esportivas para o esporte olímpico do nosso país, perdemos também um ser humano que conduzia seu trabalho sustentado na ética e nos valores morais e pessoais que acreditava”, afirmou Paulo Wanderley.
A esposa de Jesús Morlán, Tania Ospina, que mora na Colômbia, chega ao Brasil neste domingo para a cremação do corpo de Jesús. As cinzas serão levadas para a Colômbia, como era o desejo do treinador.