26 de abril de 2024
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Na Espanha, River e Boca disputam final da Libertadores da América

Na Espanha, River e Boca disputam final da Libertadores da América

A final deste domingo (09) entre as equipes argentinas do River Plate e do Boca Juniors, que será disputada em Madri, capital da Espanha, encerra uma fase na história do principal torneio sul-americano. A partir do ano que vem, a final da Libertadores da América será disputada em partida única com uma sede definida. O primeiro palco será Santiago, capital do Chile. Após o empate por 2 a 2 no longínquo 11 de novembro, na casa do Boca Juniors, o ganhador será campeão. Novo empate leva a decisão para a prorrogação. Se o empate persistir, pênaltis.

O caráter mítico e místico de River Plate e Boca Juniors foi se perdendo a partir do dia 24 de novembro. Torcedores do River Plate jogaram pedras e garrafas no ônibus do Boca Juniors na chegada ao Monumental de Nuñez. Pablo Pavón precisou ser hospitalizado com graves ferimentos nos olhos. Jogo adiado para o dia seguinte.

No domingo, depois que os torcedores estavam no estádio, o paraguaio Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, concordou com o pedido do Boca Juniors de novo adiamento, pois os atletas não tinham condições de jogo. A final foi adiada sem data e sem local definido. Depois de vários dias de incerteza, o Tribunal da Conmebol puniu o River Plate com multa de US$ 400 mil (R$ 1,54 milhão) e dois jogos com portões fechados. E Madri foi escolhida por interferência direta da Fifa sobre a Conmebol. Com as duas torcidas.

Ninguém gostou. O River Plate se sentiu prejudicado, pois não jogará em casa; o Boca Juniors responsabiliza o rival pelo ataque e queria ser declarado campeão. Todos os argentinos queriam jogar em seu país. A alma do Superclássico se perdeu. “A decisão foi levada para fora da América do Sul por questões comerciais. O poder das instituições passou por cima da vontade dos jogadores”, avaliou o sociólogo mexicano Fernando Segura, estudioso da violência no futebol argentino e membro da ONG Salvemos al Fútbol.

A preocupação com a segurança percorreu 10 mil de quilômetros, a distância de Buenos Aires a Madri. Só se fala disso. Serão entre três e quatro mil policiais para coibir a ação de torcedores violentos. São esperados entre 400 e 500. Alguns foram deportados, como Maximiliano Mazzaro, líder de uma ala radical da torcida do Boca Juniors. “Tomara que seja um jogo de paz”, resumiu Dario Benedetto, carrasco dos brasileiros.

O goleiro Franco Armani já pensa lá na frente e quer um fim para a história. Neste sábado, o Boca Juniors foi até o CAS (Corte Arbitral do Esporte, na sigla em inglês) para ser declarado campeão. “Os jogos se ganham no campo. Depois de domingo, teremos um campeão e não se fala mais nisso”, definiu.




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