Por Davi Lemos (dvlemos@gmail.com)
O prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas ACM Neto disse na tarde desta segunda-feira (10), ao final da solenidade de lançamento do Projeto Novo Mané Dendê, em Ilha Amarela (Subúrbio), que ainda não definiu se o PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, comandará a pasta do Trabalho, Esporte e Lazer. Foi especulado o nome de Alberto Pimentel, esposo da deputada federal eleita e presidente estadual do PSL, Dayane Pimentel.
“Estamos conversando sobre essa hipótese e quando eu decidir como vai ser o novo desenho do governo vocês vão saber”, disse o prefeito ao ser questionado sobre a entrada do PSL no governo. Perguntado sobre um prazo, disse que “não tenho pressa. Estou com o meu governo trabalhando, funcionando. Vai ser quando puder ser”.
ACM Neto disse que estava esperando o vice-prefeito Bruno Reis voltar do curso que realizava fora do país. “Hoje à noite teremos uma primeira reunião. E partir de agora vamos tomar as decisões”, pontuou.
Brasília – O democrata também falou do encontro que terá na quarta-feira (12), em Brasília, com o presidente eleito Jair Bolsonaro. Neto disse que vai para ouvir o presidente e que a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) à presidência da Câmara dos Deputados não está, até o momento, na pauta.
Neto não quis comentar a declaração de Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), segundo o qual o partido não deseja a recondução de Maia – o PSL entende que seria melhor um nome mais comprometido com os projetos de reforma do presidente da República eleito.
Política local – O prefeito de Salvador não confirmou, porém, se estará presente às posses de Jair Bolsonaro ou de Rui Costa no dia primeiro – o motivo seriam as festas da virada do ano em Salvador.
O democrata também comentou o caso do sequestro de servidores da saúde em um posto médico no bairro Santa Cruz. “Estou acompanhando. Espero que a situação seja resolvida sem vítima fatal, mas isso expõe o caos da segurança pública na Bahia”, comentou.
Durante o lançamento do Projeto Novo Mané Dendê, o prefeito aproveitou para alfinetar a gestão do governador petista ao afirmar que fez o “dever de casa” ao organizar as contas da prefeitura após assumir o primeiro mandato em 2013. “Salvador estava há mais de 12 anos sem poder tomar um empréstimo sequer”, disse Neto ao explicar o empréstimo US$ 67,5 milhões contraídos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
