O procurador-geral do Peru, Pedro Chávarry, disse que vai renunciar ao cargo nesta terça-feira (8). Ele estava sob intensa pressão para deixar a função após supostamente dificultar investigações sobre casos de corrupção envolvendo a Odebrecht.
Em sua conta no Twitter, Chávarry disse na noite desta segunda-feira (7) que vai renunciar “para proteger a autonomia do Ministério Público”, após o presidente do país, Martín Vizcarra, ter instado parlamentares a agir para abrir caminho para sua remoção do cargo.
O Colégio de Advogados de Lima, o equivalente peruano da OAB, suspendeu o registro profissional do procurador-geral no domingo. Na quarta-feira da semana passada, Chávarry voltou atrás na decisão de afastar os dois principais procuradores do caso Odebrecht, o que despertou protestos nas ruas e uma intensa onda de críticas.
O afastamento dos procuradores tornaria mais difícil saber o real envolvimento de ex-presidentes e de ministros nos casos de corrupção.
A Odebrecht admitiu em um tribunal americano ter distribuído US$ 29 milhões em propinas para obter contratos de obras no Peru.