Por Davi Lemos (dvlemos@gmail.com)
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), mostrou-se indiferente quanto ao racha na bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador, que criou um bloco alternativo, liderado pelo vereador Sílvio Humberto (PSB) – houve insatisfação com a eleição de Sidninho (Podemos). “Prefiro deixar a oposição com os problemas deles lá”, afirmou Neto durante a inauguração da requalificação da Praça do Senhor do Bonfim.
Ele explicou: “Eu tenho que me preocupar com a bancada do governo; eu deixo a oposição de preocupar com a vida deles. Eu me preocupo com a minha bancada, que espero que possa, por mais um ano, marchar unida, pensando na cidade, garantindo os interesses da cidade”.
O presidente nacional do Democratas também comentou a declaração do ex-governador e senador eleito Jaques Wagner (PT) que reiterou que o partido dele não mais apoiará a reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara dos Deputados após a declaração de apoio do PSL, partido do presidente da República Jair Bolsonaro.
“Rodrigo Maia recebeu apoio do PSL, o que gerou uma reação no PT, que inclusive vinha conversando com Rodrigo; mas o PT no fundo sabe que Rodrigo está preparado para garantir sobretudo a preservação da independência do Poder Legislativo. Rodrigo deve continuar conversando com o PT até o fim, mas claro que o PT tem o direito de buscar outro caminho”, disse o prefeito.
Neto salientou que é preciso, porém, ter responsabilidade com o país. “O Congresso vai ser decisivo para garantir o avanço da agenda de reformas que o Brasil precisa, para que as coisas possam ir bem de fato. Então é preciso ver quais os nomes que estão colocados: sem nenhum demérito aos demais, não tenho dúvidas de que o mais preparado para tocar essa agenda para o país é Rodrigo”, enfatizou ACM Neto.
O presidente do Democratas, apesar das aproximações do partido com o governo Bolsonaro, disse que somente em fevereiro deve definir se apóia ou não o presidente da República. Voltando a falar do cenário local, Neto disse que só deve definir o nome do novo líder na Câmara Municipal e a reforma no secretariado no início de fevereiro.
Foto: Max Haack/Secom-PMS
