Representantes da Prefeitura de Salvador, cooperativas e do setor privado se reúnem nesta sexta-feira (8), a partir das 8h30, para discutir soluções para a redução de lixo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, mais de 50% dos resíduos gerados pelos brasileiros são orgânicos, o que corresponde na Bahia a cerca de 2,7 milhões de toneladas de restos de alimentos desperdiçados por ano. Esse material poderia ser reaproveitado, ao invés, de ser descartado no lixo. Essa é a proposta da startup baiana, SOLOS, que comemora um ano de funcionamento.
Para marcar a data, a SOLOS reúne, no Hub Salvador, o subsecretário da Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis) João Resch e o presidente da Cooperguary Edmundo Góes na primeira edição do Ciclo de Debates (CIRCULAR), que terá como tema a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos e impactos e desafios da reciclagem.
“A SOLOS trabalha para apoiar a construção de cidades sem lixo e para isso, no primeiro ano, desenvolvemos projetos em rede, entre setor público e privado, cooperativas e consumidor final. Promover um espaço como o CIRCULAR coroa este caminho, que entendemos ser o único possível para alcançarmos uma sociedade com menos desperdício e usos mais inteligentes para os resíduos”, destaca Saville Alves, sócia co-fundadora da startup.
Sementinha – compostagem de materiais orgânicos é uma das soluções sustentáveis para o problema do lixo nos centros urbanos. Essa prática foi aplicada pela SOLOS na Escola Municipal Fernando Presídio, em Paripe. O projeto Sementinha prevê a compostagem de 100% das sobras da merenda escolar, que são usadas como adubo na horta do colégio. Em sete meses da iniciativa, evitou-se que 320 kg de resíduos fossem enviados para aterros.
“O número ainda é pequeno em comparação com todo resíduo coletado na cidade, contudo é significativo porque a região tem baixa infraestrutura e o lixo é um problema, porque atraí ratos e baratas. A ação também foi ampliada, saindo do ambiente escolar e permitindo que os pais levem as sobras dos alimentos consumidos em casa para a compostagem. Além de ajudar na redução de resíduo, o projeto estimula a conscientização dos estudantes e suas famílias”, explica Gabriela Tiemy, sócia co-fundadora da SOLOS.
A experiência da escola será apresentada pela diretora da Escola Municipal Fernando Presídio, Cássia Góes, que vai falar sobre as dificuldades e benefícios da compostagem na comunidade escolar.
O debate CIRCULAR é aberto ao público e a entrada é gratuita.