15 de maio de 2024
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Paulo Preto é condenado a 27 anos de prisão pela Lava-Jato

Paulo Preto é condenado a 27 anos de prisão pela Lava-Jato

Apontado como operador do PSDB de São Paulo, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi condenado nesta quinta-feira pela juíza Maria Isabel do Prado, da Justiça Federal de São Paulo, a uma pena de 27 anos e oito dias de prisão por fraude a licitação e formação de cartel. Dessa pena, sete anos devem ser cumpridos em regime fechado. O jornal O Globo informa que essa foi a primeira condenação conseguida pela força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo.

Neste processo, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Vieira e outras 32 pessoas pela formação de um cartel de empreiteiras para a construção do trecho sul do Rodoanel, que conecta as principais rodovias da reigão metropolitana de São Paulo, e outras sete obras viárias contratadas pelo governo do estado. O processo foi desmembrado e apenas o ex-diretor da Dersa foi condenado nesta quinta-feira.

Além desse processo, Vieira também responde a outra ação na 5ª Vara Federal, sobre uma fraude de R$ 7,7 milhões na indenização de famílias desapropriadas pela obra do rodoanel. Ele é acusado de incluir o nome de empregadas e babás de sua família na lista de beneficiados. O processo está pronto para receber uma sentença, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou, há 15 dias, que algumas etapas da ação sejam refeitas .

Vieira completa 70 anos no próximo dia 7 de março. De acordo com a lei, isso faz com que o tempo de prescrição dos crimes atribuídos a ele caia pela metade. Como as irregularidades nas indenizações do Rodoanel teriam ocorrido em 2009, o ex-diretor da Dersa pode ficar livre da condenação depois do dia do seu aniversário.

O ex-diretor da Dersa está preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal (PF) de São Paulo desde a última terça-feira, quando foi alvo de uma operação da Lava-Jato de Curitiba. O MPF do Paraná o acusa de movimentar R$ 130 milhões em propina em uma conta bancária na Suíça. Ele não foi transferido para Curitiba ainda porque tinha que participar de audiências do caso que foi julgado nesta quinta-feira.

Segundo a PF, ainda não há previsão de quando será feita a transferência. Os procuradores curitibanos querem ouvi-lo sobre as contas na Suíça e sua relação com agentes políticos.

Os advogados de Vieira foram procurados pelo jornal O Globo, mas ainda não se pronunciaram.




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