O presidente Jair Bolsonaro fez uma “live” (transmissão ao vivo) nas redes sociais nesta quinta-feira (07) com o ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), Augusto Heleno, e o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. Tanto Heleno como Rêgo Barros são generais do Exército.
O presidente anunciou que pretende fazer transmissões ao vivo todas as quintas-feiras, às 18h30.
Bolsonaro disse que uma declaração sua de que as forças armadas garantem a democracia e a liberdade, feita nesta quinta durante cerimônia dos 211 anos dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro, estava dando origem à s “mais variadas interpretações possÃveis” Ele perguntou ao general Heleno, descrito como alguém “mais antigo, mais idoso, mais experiente”, se ele considerou a frase polêmica.
— É claro que não. Isso não tem nada de polêmico, ao contrário. Suas palavras foram ditas de improviso, para uma tropa qualificada, e foram colocadas exatamente para aqueles que amam a sua pátria, aqueles que vivem diariamente o problema da manutenção da democracia e da liberdade, e exortando para que continuem a fazer o papel que vem fazendo, de serem os guardiões da democracia e da liberdade — afirmou Heleno.
O ministro do GSI disse que houve uma tentativa de distorcer a frase de Bolsonaro e ressaltou que a democracia não é um “presente” das Forças Armadas: “Tentaram distorcer isso como se fosse um presente das Forças Armadas para os civis. Não é nada disso. As Forças Armadas são, por determinação constitucional e legal, os detentores do emprego legal da violência”.
Heleno usou a situação da Venezuela para exemplificar seu ponto de vista e afirmou que o presidente Nicolás Maduro apenas continua no poder porque os militares do paÃs “estão segurando” ele.
Rêgo Barros citou o cientista polÃtico americano Samuel Huntington para também defender a atuação dos militares brasileiros: “O controle civil objetivo, propugnado por Samuel Huntington, advoga que as Forças Armadas devem ser a fortaleza desse controle civil. Naturalmente, as Forças Armadas brasileiras já o são, por defenderem veementemente a democracia”.
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