26 de abril de 2024
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Museus comemoram aniversário de Salvador com programação especial

Museus comemoram aniversário de Salvador com programação especial

Primeira capital do Brasil, Salvador comemora nesta sexta-feira (29), 470 anos de emancipação política. Para marcar a data, três museus administrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico da Bahia (Ipac), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura (Secult), contam com programação especial.

No Museu Tempostal, no Pelourinho, a celebração terá visitas guiadas à exposição “Pelos Caminhos de Salvador”, entre os dias 26 e 29 de março, seguidas da exibição do vídeo ‘Percursos Patrimoniais – Ipac’, sempre das 10h às 11h e das 14h às 15h. A exposição retrata parte da urbanização, crescimento e modernização da capital baiana, por meio de imagens que revelam as diversas transformações ocorridas no tecido urbano da cidade.

Já a mostra ‘O Bairro do Comércio’, que também está em cartaz no Museu Tempostal, reúne cerca de 100 imagens, entre postais e fotografias, que mostram aspectos históricos, urbanísticos e arquitetônicos da região do Comércio, no trecho da Preguiça até o antigo Mercado do Ouro, do início do século XX até a década de 1980.

No dia 29, às 10h, no Museu Udo Knoff, no Centro Histórico, estudantes do curso de Especialização em História da Faculdade Unavida, de João Pessoa, na Paraíba, realizam um bate-papo sobre o processo de urbanização de Salvador, da Colônia à República, através da azulejaria.

Localizado no Corredor da Vitória, o Museu de Arte da Bahia (MAB), por sua vez, inaugura nesta quarta-feira (27), às 17h, uma exposição iconográfica de Salvador, com mapas e gravuras da cidade, no período colonial. As imagens fazem parte do acervo do museu e foram produzidas nos anos de 1600, por artistas portugueses, holandeses e franceses. A abertura da mostra será marcada por uma edição do projeto “Leituras do Mundo”, na Biblioteca do MAB. Na oportunidade, a professora da Ufba, Lúcia Simões, realiza palestra com o tema “Salvador 470 Anos: Evolução Urbana da Colônia ao Império”.

Todas as atividades comemorativas, nos equipamentos administrados pelo Ipac, são gratuitas e abertas ao público em geral.

Novos equipamentos – Na lista dos equipamentos culturais que se destacam em Salvador estão também a Casa do Carnaval, que conta a história da folia baiana, através de maquetes, roupas e instrumentos disponibilizados por artistas que já participaram da festa. Além disso, o acervo dispõe de fotos e documentos históricos e dois cinemas interativos, em que os visitantes podem aprender ritmos do Carnaval caracterizados e com a ajuda de monitores. O equipamento, que pertence à Prefeitura e usa e abusa da tecnologia e interatividade, está localizado no Pelourinho.

Há ainda museus como a Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, imóvel onde o casal de escritores morou, e os espaços Pierre Verger da Fotografia Baiana e Carybé de Artes, ambos funcionando em fortes históricos da Barra (Santa Maria e São Diogo), trazendo as obras significativas dos artistas que lhes dão nomes. Ambos também são geridos pela Prefeitura.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, ressaltou que a gestão municipal tem um olhar diferenciado com os equipamentos que difundem a cultura e a história de Salvador. “Muitos turistas vêm à Salvador atraídos pelo patrimônio histórico e cultural. Isso reforça a importância dos nossos museus e equipamentos que valorizam a nossa história”, assinalou.

Maior coleção de jornais – Quem quiser conhecer um pouco mais da primeira capital do Brasil pode também visitar o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), localizado na Avenida Sete de Setembro, esquina com a Praça da Piedade, situado numa imponente edificação de estilo neoclássico, que funciona de segunda a sexta, das 13h às 18h.

Fundado em 13 de maio de 1894, sob auspícios do então governador Rodrigues Lima, a instituição reúne trabalhos de pesquisadores e estudiosos renomados nas áreas de História, Geografia, Sociologia e ciências afins. O IGHB possui a maior coleção de jornais datados desde o século XIX até a atualidade. A biblioteca guarda 45 mil exemplares.

O local também é chamado como Casa da Bahia, em razão de contar com a memória histórica e cultural do estado. A instituição possui o maior acervo cartográfico da Bahia, o que permite à sociedade conhecer a origem dos atuais 417 municípios.

O IGHB é presidido por um dos membros, em mandatos bianuais. O atual presidente, Eduardo Moraes, destacou que o local cultiva a memória de Salvador. “Temos aqui preciosidades. Nosso espaço, além de fonte de conhecimento para baianos e turistas, é também de suma importância para pesquisadores da Bahia, do Brasil e do mundo. Temos aqui a história viva de Salvador e de toda a Bahia”.

Foto: Valter Pontes/Secom-PMS




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