19 de abril de 2024
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Eduardo Bolsonaro visita líderes da Hungria e da Itália

Eduardo Bolsonaro visita líderes da Hungria e da Itália

Com a missão de reforçar a cruzada contra o socialismo no mundo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, visitou, nesta semana, dois países que têm à frente governos ligados à extrema direita: a Hungria e a Itália . E aproveitou para afinar o discurso com o premier húngaro, Viktor Orbán, e o vice-premier italiano Matteo Salvini, criticando tanto o bilionário George Soros, desafeto de Orbán, como a imigração, ponto-chave na plataforma de Salvini.

O objetivo da viagem é dar continuidade ao chamado Movimento, idealizado pelo americano Steve Bannon, ex-estrategista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para criar um bloco ultraconservador na Europa.

Eduardo Bolsonaro passou um dia e meio na Hungria. Na quinta-feira, foi recebido por Orbán. Em uma rede social, o deputado disse ter aprendido com Orbán, principalmente, sobre cultura e “trato com a imprensa sem politicamente correto”. Ao falar sobre o encontro, o parlamentar mencionou o bilionário húngaro-americano George Soros, dono de uma instituição que financia projetos de direitos humanos no mundo e o inimigo número um de Orbán. No ano passado, a Fundação Open Society de Soros pôs fim a décadas de presença na Hungria alegando perseguição por parte do governo.

“[Assim como Orbán] Nós também não gostamos do George Soros, bilionário que financia movimentos que desafiam as culturas ocidentais, pró-aborto por exemplo”, destacou Eduardo Bolsonaro.

Recentemente, o Partido Popular Europeu (PPE) — sigla de centro-direita que detém a maior bancada no Parlamento da União Europeia — suspendeu o Fidesz, legenda comandada por Orbán, em função de suas políticas contra a liberdade de expressão e de seus frequentes ataques contra líderes do bloco europeu.

Nesta sexta-feira, Eduardo passou cerca de quatro horas com o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, da Liga. Ao lado do italiano, o parlamentar brasileiro reforçou a razão das viagens que vem fazendo a vários países, que tiveram início no fim do ano passado, em uma visita aos EUA, passando por Colômbia e Chile.

— Ele [Salvini] é uma das pessoas que melhor representam esse movimento de direita que está ocorrendo no mundo inteiro. Se nós olharmos as mudanças que estão acontecendo do socialismo para uma economia mais liberal e com valores conservadores, temos (Jair) Bolsonaro no Brasil, (Donald) Trump nos EUA, o grande Benjamin Netanyahu, que venceu a eleição em Israel e, na Europa, Orbán e Matteo Salvini – afirmou, em vídeo divulgado na internet.

O deputado conversou sobre a nova lei italiana que permite o uso de armas de fogo pelos cidadãos em legítima defesa, as medidas migratórias tomadas pelo governo daquele país e pediu desculpas pelos 37 anos em que Cesare Battisti, acusado de ter cometido vários homicídios na Itália, ficou no Brasil. Como resposta, Salvini agradeceu ao governo e ao povo do Brasil e aproveitou para pedir que os brasileiros descendentes de italianos liguem para seus parentes na Itália e recomendem voto na Liga nas eleições europeias de maio.

“Para ajudar a mudar a Europa, criar uma Europa forte em que a esquerda finalmente sairá das instâncias de poder”, disse.

Eduardo Bolsonaro também conversou com Alberto Torregiani, vítima cadeirante de Cesare Battisti. O italiano relatou ter sido atingido por um disparo em um atentado idealizado por Battisti para assassinar seu pai.

O deputado do PSL promoveu, em dezembro passado, em Foz do Iguaçu (PR), a 1ª Cúpula Conservadora das Américas, em contraposição ao Fórum de São Paulo – uma organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, criada em 1990. Com a presença de representantes de vários países, entre os quais EUA, Hungria, Chile, Colômbia e Paraguai, o evento teve como tema principal “Um novo rumo ao mundo”.




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