28 de março de 2024
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Mike Pompeo diz que russos convenceram Maduro a não fugir da Venezuela

Mike Pompeo diz que russos convenceram Maduro a não fugir da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava pronto para deixar o país na manhã desta terça-feira diante do levante convocado pelo líder opositor Juan Guaidó, disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mas mudou de ideia devido a uma intervenção da Rússia.

Pompeo ressaltou que “há bom tempo ninguém vê Maduro”. “Eles tinham um avião na pista. Ele (Maduro) estava pronto para partir esta manhã, pelo que sabemos, mas os russos indicaram que ele deveria ficar”, disse Pompeo em entrevista à rede de TV americana CNN.

Ainda segundo Pompeo, Maduro teria como destino a capital de Cuba, Havana. O secretário de Estado americano se recusou a dizer se os EUA permitiriam que Maduro viajasse em segurança para Cuba, respondendo apenas que o presidente venezuelano “entende o que vai acontecer se entrar naquele avião”.

“Ele sabe quais são nossas expectativas”, esquivou-se mais uma vez quando o apresentador da CNN Wolf Blitzer insistiu na pergunta.

Mais cedo, autoridades americanas haviam sugerido que existiria um acordo para a saída de Maduro que falhou na última hora. Segundo o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, três aliados próximos de Maduro comunicaram à oposição que o presidente precisa deixar o poder . O assessor da Casa Branca pressionou para que esses dirigentes “cumpram o compromisso de uma transição pacífica”.

“Nós pensamos que é muito importante que figuras-chave do regime, que estiveram falando com a oposição nestes três últimos meses, cumpram o seu compromisso para alcançar uma transferência pacífica de poder do regime de Maduro”, afirmou Bolton a repórteres no jardim da Casa Branca.

Bolton não explicou como os aliados de Maduro teriam negociado com a oposição, mas afirmou que o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, o diretor da Guarda de Honra Presidencial, Ivan Hernandez, e o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, sinalizaram à oposição o desejo de garantir uma transição pacífica no país.

China, Cuba e Rússia são aos principais aliados do governo venezuelano, que enfrenta uma grave crise política e econômica, com uma inflação projetada pelo FMI para este ano de 10.000.000% e uma profunda crise humanitária oriunda em parte na escassez de alimentos e produtos. Milhões de venezuelanos já deixaram o país.




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