24 de abril de 2024
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Cid Gomes: “Aliança exótica da Oposição com o Centrão vai se repetir muitas vezes”

Cid Gomes: “Aliança exótica da Oposição com o Centrão vai se repetir muitas vezes”

O senador Cid Gomes (PDT-CE) perdeu o cargo de ministro da Educação do governo Dilma Rousseff após chamar deputados do Centrão de “achacadores” ao participar de uma audiência no plenário da Câmara em 2015. Assim como o atual ministro da pasta, Abraham Weintraub, Cid fora convocado numa articulação do Centrão. Ele vê diferenças nos dois momentos, mas diz que o Centrão continua o mesmo.

“Essa aliança exótica entre a oposição e o Centrão vai se repetir muitas vezes e a Câmara vai ser o local onde isso vai acontecer com mais regularidade. Há um desconforto aí e a oposição está no seu papel”, afirma em entrevista publicada nesta quinta-feira (16) no jornal O Estado de São Paulo.

“Tem muita gente no Brasil que só sabe fazer política na situação. Não sou daqueles que acha que a classe política é suja. Quem impõe essa dinâmica é o Executivo”, assevera.

Para ele, o atual ministro da Educação Abraham Weintraub, não tem a menor ideia do que seja educação. “Ele foi pra lá porque o governo precisava de alguém de casa para substituir um lunático (o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez). O atual ministro, além de não ter preparo, vivência e projeto, não sabe o que deseja. É arrogante. Isso instiga as pessoas a reagir”, diz.

Cid afirma que o problema do governo é que “não tem projeto, traquejo ou habilidade de diálogo. É uma ala burocrática militar e outra de malucos que põem agendas ridículas que nada tem a ver com os problemas do Brasil. Querem continuar em campanha, tentando fazer contraponto com o PT. Não vejo no presidente (Jair Bolsonaro) e no Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil) nenhum traquejo para tentar restabelecer o diálogo. Bolsonaro não é a nova política. Na verdade, é uma negação da política sendo um velho político inexpressivo. Pra mim, é a mais fina flor da mediocridade, da inexpressividade e do despreparo”.

E conclui: “O Bolsonaro, não sei se consciente ou por sorte do destino, escolheu um vice com uma patente que, sem entrar no mérito, é tudo o que o Brasil menos precisa nesse momento, um general no poder. A Venezuela está bem ali”.




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